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Novos horizontes para o gás onshore, a busca por um mercado nacional integrado, regulações estaduais cada vez mais avançadas diante do novo mercado de gás foram os temas que encerraram o primeiro dia de Seminário de Gás Natural, realizado pelo Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), nesta quarta-feira (10/5), no Rio de Janeiro.

Tiago Santovito, Gerente Executivo de Regulação de Transporte e Distribuição de Gás Natural do IBP, destacou os avanços na construção do ranking que analisa a regulação para o mercado livre nos estados, o RELIVRE, que tem aproximado agentes de diversos elos da cadeia de gás. eldquo;Já temos mais 12 apoiadores fazendo parte do RELIVRE. Reforçamos que a regulação tem que ser dinâmica e atender os anseios do mercado. O mercado mudou, o jeito de fazer negócio mudou. As agências reguladoras estaduais devem rever seus normativos para atender essa evoluçãoerdquo;, afirmou Santovito.

Heber Resende, presidente da ES Gás, ressalta que é papel da distribuidora ajudar a fomentar o mercado e diz estar em diálogo permanente com o regulador na busca pela modernização contínua. eldquo;Estamos discutindo com a agência do estado uma nova modalidade de contrato flexível. Buscamos sempre o diálogo e entendemos que toda nova modificação no mercado deve ser submetida ao regulador na tentativa de fazer avançoserdquo;.

Já para Vladimir Paschoal, Coordenador da Câmara Técnica de Petróleo e Gás (CTGás) da ABAR, o diálogo com os agentes é importante para construir uma regulação que realmente contribua para o desenvolvimento do setor. Paschoal destacou também o acordo de cooperação entre a Agência reguladora do RJ (AGENERSA) e a ANP. eldquo;Quando outras agências me perguntam sobre o tema, minha sugestão é que façam acordo com a ANP com o objetivo de facilitar o desenvolvimento das regulações.erdquo;

Produção onshore em destaque

O COO e diretor de Comercialização e Novos Negócios da PetroRecôncavo, João Vitor Moreira, acredita que a produção onshore vá se tornar protagonista no mercado, entregando preços muito competitivos. Atualmente a PetroReconcavo produz 26 mil barris de óleo equivalente, o que representa 16,5 milhões de metros cúbicos.

Rachid Félix, diretor Comercial e Corporativo da 3R Petroleum também vê um horizonte promissor para o onshore com modelos alternativos, como o transporte de gás comprimido enviado diretamente ao cliente. Segundo Félix, o gás ainda vale hoje muito menos do que o óleo, por isso os players desse mercado precisam ser originais, especializados e competitivos. Mas empresas conseguiram aumentar de 30% a 40% de sua produção simplesmente por conta dessa especialização. eldquo;As oportunidades do gás natural são diferentes das do óleo e acredito que as empresas poderão assumir e entender como fazer diferenteerdquo;.

Alessandro Gardemann, CEO, Geoenergetica, afirma que o foco em infraestrutura é essencial neste momento para que não existem gargalos e que os projetos de biogás irão sair do papel. Ele diz que o mercado brasileiro tem um enorme potencial. Segundo ele, o consumidor hoje vê o biometano como uma boa oportunidade para descarbonizar seu negócio com até 95% de descarbonização. eldquo;O biometano é o irmão caçula do gás natural. No Brasil, há um grande potencial de produção, principalmente a partir da biomassa e resíduos sólidos urbanos. No setor agro, por exemplo, é possível deslocar o consumo de diesel.erdquo;

Christiane Delart, diretora de Distribuição de gás da Naturgy Brasil, afirma que o mercado tem apetite para o gás onshore e o biometano. eldquo;. Precisamos desse gás, mas a dificuldade é casar essa oferta e a demanda, superando os desafios de fazer o biometado chegar onde a demanda existeerdquo;. A Naturgy, diz ela, tem necessidade real de diversificar seu portfólio. A empresa soma em suas concessões uma necessidade de 8 milhões de metros cúbicos de gás por dia atualmente.

O Transporte e a construção de um mercado integrado

Debatendo a expansão da malha de transporte, Thiago Arakaki, diretor de Gás Natural da Galp, disse que o mercado de gás no Brasil tem uma perspectiva fantástica, mas que depende da competitividade para que os projetos se viabilizem. eldquo;Nós vemos uma oportunidade de crescimento do mercado de gás conectado no transporte. E tudo isso só se viabiliza com competitividade. A competitividade perpassa não apenas pelo o transporte, mas também pelas regulações, regras tributárias entre outras.erdquo;.

Para Helder Ferraz, diretor comercial e de regulação da NTS, é necessário atenção com a segurança jurídica para que o investidor possa fazer investimentos com tranquilidade no país. Segundo ele, o impacto sobre da elevação de tarifas de transporte a partir da saída de térmicas do sistema é um risco real aos planos de reindustrialização do país. Além disso, comenta sobre a dinâmica do mercado para os próximos anos. eldquo;Hoje, ao enxergarmos a oferta e demanda que são injetadas e retiradas da rede, observamos um declínio das fontes existentes e a entrada de novas fontes de suprimento, sendo fundamentais para cobrir a demanda existenteerdquo;.

Falando de um case de sucesso, Makyo Félix, gerente de Suprimento de Gás e de Mercado da Bahiagás afirmou que a distribuidora baiana soube antever as oportunidades com a abertura do mercado de gás através das chamadas públicas, ainda em 2017, e apostando no dinamismo do setor. Hoje a Bahiagás tem em seu portfólio negócios com 9 supridores e 13 contratos.

Para Ovidio Quintana, diretor Comercial e Regulatório da TAG, o sistema no Brasil já opera de forma integrada, mas agora é preciso retirar as travas comerciais para que os agentes possam fazer trocas com liquidez entre si. eldquo;É necessário que a gente promova as trocas comercialmenteerdquo;, diz, cobrando maior coordenação no setor.

Além da participação do Governo Federal, o Seminário de Gás Natural conta com patrocínio master da Petrobras; patrocínio platinum da Galp; patrocínio ouro da Equinor, da Excelerate Energy, da PetroRecôncavo, da Repsol Sinopec Brasil e da Shell Energy; patrocínio prata da 3R Petroleum, da ExxonMobil e da Naturgy; e patrocínio bronze do Faveret Tepedino Londres Fraga (FTLF), do Machado Meyer Advogados, do Mattos Filho, da New Fortress Energy, da NTS, da TAG e do TAGD Advogados. Ele ainda conta com o apoio institucional da ABAR, da ABiogás, da ABPIP, da ABRACE, da ABRACEEL, da ABRAGET, da ANP, da ATGÁS, da EPE, da Firjan, do Instituto de Energia da PUC-Rio (IEPUC) e da ONIP. Com parceria de mídia oficial da epbr, conta ainda com apoios de mídia da TN Petróleo e da PetroeQuímica.

Fonte/Veículo: Assessoria de Imprensa do IBP

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