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O diretor executivo de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, disse nesta quarta (10/5) que o Brasil passará nos próximos anos por um eldquo;choque positivo de ofertaerdquo; de gás natural e que isso se refletirá nos preços da molécula. Segundo ele, a empresa buscará preços mais atrativos, ainda que haja limitações em se desvincular do alinhamento ao mercado internacional.

eldquo;O preço é determinado pela cotação internacional do produto, porque o gás é uma commodity, então a margem [para redução] não é tão grande, mas mesmo assim podemos ter uma estratégia para ganhar mercadoerdquo;, afirmou o executivo.

Ele destacou que a Petrobras se adapta para trabalhar no atual ambiente de mercado, em competição com outros concorrentes, depois da abertura do setor nos últimos anos.

eldquo;Nossa intenção é sempre oferecer o melhor preço, um preço bom, no mercado brasileiro. A Petrobras quer estar sempre melhor do que os concorrentes, oferecendo um preço atrativoerdquo;, disse.

Tolmasquim participou do Seminário de Gás Natural do IBP, no Rio de Janeiro.


Mercado de gás natural para indústria
O executivo já havia afirmado que a companhia entende que o desenvolvimento do mercado industrial de gás natural é uma demanda da sociedade, e um caminho para transição energética. Por isso, a Petrobras avalia priorizar gás para a indústria.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também sinalizou a intenção de rever a fórmula de preços do gás natural, para dar mais peso aos custos domésticos de produção na precificação da molécula do gás.

A Petrobras e o BNDES anunciaram a criação de comissão para discutir estratégias em comum.

Os contratos da Petrobras, para fornecimento de gás natural às distribuidoras estaduais, seguem uma fórmula de precificação atrelada à variação do petróleo (Brent) e taxa de câmbio.

A exposição aos preços internacionais foi ampliada desde o ano passado, nos novos contratos assinados pela Petrobras com as concessionárias de gás canalizado, sob a justificativa de que os custos de importação de gás natural liquefeito (GNL) aumentaram.

Para Tolmasquim, um dos desafios do mercado de gás é ter preços competitivos e o aumento da oferta nacional pode ter um impacto positivo sobre as cotações.

O que é o choque positivo de oferta?
Ele destacou que a Petrobras está envolvida em projetos que vão viabilizar a entrada de uma nova oferta de gás no mercado brasileiro, que ultrapassa 50 milhões de m³/dia. Considera a entrada em operação do Rota 3 (2024), desenvolvimento dos projetos do BM-C-33 (Pão de Açúcar, a partir de 2028), que teve a decisão final de investimento anunciada esta semana.

E os campos de águas profundas na bacia de Sergipe-Alagoas. Petrobras retomou esse ano a nova contratação das plataformas para o estado, que entram em operação a partir de 2027. eldquo;Vamos ter um choque positivo de ofertaerdquo;, disse.

O BM-C-33 é um projeto operado pela Equinor, em sociedade também com a Repsol Sinopec.

Os novos projetos de gás vão ofertar um volume equivalente a cerca de metade da demanda nacional quando as usinas termelétricas estão em operação. Tolmasquim ressalva, contudo, que o novo volume vai compensar, em parte, a queda de produção de campos mais antigos.

eldquo;A Petrobras está fazendo todo o esforço para aumentar a oferta de gáserdquo;, afirmou.

O novo plano plano estratégico, para o período de 2024 a 2028, deve ser apresentado em novembro. O executivo ressaltou ainda que os investimentos da Petrobras em novas fontes na transição energética serão feitos por meio de parcerias. eldquo;Isso permite não apenas compartilhar o capex (investimentos), mas também riscos e experiências, aprender com quem sabe maiserdquo;, disse.

A respeito da venda da TBG, transportadora do gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol), o diretor afirmou que os desinvestimentos seguem congelados e que a alienação do ativo está em análise. eldquo;Por enquanto, não tem privatizaçãoerdquo;, concluiu. O próprio Jean Paul Prates já se posicionou contrário à venda do controle da TBG.

Fonte/Veículo: EPBR

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