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O governo quer popularizar o Tesouro Direto e, para isso, prepara uma série de medidas para possível lançamento em julho. De acordo com o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, a ideia é que títulos públicos, que podem ser adquiridos a partir de R$ 30, sejam usados em garantias de financiamento e como caução de aluguel, por exemplo. Também está previsto o lançamento de papéis para produtos específicos, como os de estímulo à educação, cartões-presente e até eldquo;vaquinhaserdquo;. Além disso, o título poderá ser usado como diferencial para empresas reterem profissionais por meio de contrapartida à aplicação em títulos destinados aos filhos dos empregados. eldquo;A ideia é popularizar muito mesmo o Tesouro Direto, e queremos que todas as crianças tenham um cadastro no programaerdquo;, afirmou Ceron.

Com o intuito de popularizar o Tesouro Direto, a equipe econômica prepara um pacote de novos produtos que será lançado em julho. A ideia, segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, antecipou ao Estadão/Broadcast, é que títulos públicos sejam usados em garantias de financiamento e como caução de aluguel, por exemplo. Também está previsto o lançamento de papéis para produtos específicos, como os de estímulo à educação, cartões-presente e até as populares eldquo;vaquinhaserdquo;.

Além disso, o título poderá ser usado como diferencial para empresas reterem profissionais por meio de contrapartida à aplicação em títulos destinados aos filhos dos empregados. eldquo;Estamos colocando muita prioridade no programa Tesouro Direto e vamos lançar um pacotão de coisas muito bacanas para popularizá-lo, criar um contexto para que cheguem à baixa rendaerdquo;, disse Ceron.

Além do impacto para as famílias, estão previstas medidas para fomentar de forma eldquo;gigantescaerdquo; a política pública. Ainda esta semana, Ceron terá reuniões com a B3, plataforma em que os títulos são negociados, para acertar os detalhes sobre como serão os formatos dos novos produtos. eldquo;Temos os títulos como prioridade zero e devemos lançar as novidades em julho, com a comercialização, a batida do martelo na B3, prevista para agostoerdquo;, disse.

Em março, os investimentos no Tesouro Direto somaram R$ 6,8 bilhões endash; um recorde mensal endash;, e o estoque é de R$

110 bilhões. Do total de 23,7 milhões de pessoas que já investiram nesses títulos ao longo das duas décadas de existência, 2,1 milhões têm contas ativas. eldquo;Depois de 20 anos de existência, o Tesouro Direto cresceu muito, mas ainda está muito aquém do potencial. Vamos dar um empurrãozinhoerdquo;, comentou.

FINANCIAMENTO. Entre as frentes que serão abertas, está a de poder usar os títulos para financiamentos bancários e para a compra de automóveis, entre outros. eldquo;Se eu já tenho Tesouro Direto para minha aposentadoria, posso usar os títulos como garantia. Isso ajudaria a reduzir os custoserdquo;, previu Ceron.

Os papéis também poderão ser usados como caução no aluguel. Atualmente, o locatário precisa encontrar um fiador ou deixar algum período do aluguel depositado antecipadamente. Neste caso, o dinheiro fica parado, sem rendimentos. A intenção, de acordo com o secretário, é que fintechs encontrem soluções para lastrear este tipo de produto. As próprias imobiliárias ou as seguradoras poderiam também oferecer a alternativa a seus clientes que tenham títulos públicos.

Além dos casos em que os investimentos servem como ponto de partida para outras operações, há a intenção de estimular o hábito da poupança. Após a boa recepção ao Renda+, de aplicações para a aposentadoria, o governo trabalha para lançar um título voltado ao ciclo educacional, em especial para o período universitário.

EDUCAÇÃO. Uma das ideias é a de um papel com vencimento de três a 18 anos voltado para pais que queiram se programar para pagar pelo menos parte dos custos com a universidade. Assim, mesmo quem conta com um filho no ensino médio teria como começar a economizar. eldquo;Está claro que, quanto mais tempo de acumulação, melhor.erdquo;

Diferentemente dos títulos tradicionais, que podem realizar pagamentos todos os meses, o retorno ocorrerá com parcelas fixas num período de quatro a cinco anos, durante o tempo da faculdade. eldquo;É uma forma de ir poupando. Como a taxa de juro é a mesma do mercado, é bem atrativa, então gera mais rentabilidade do que poupança, por exemploerdquo;, comparou Ceron. Se o jovem acabar sem frequentar uma faculdade, os recursos poderão ser sacados da mesma forma.

O secretário disse que prevê usar títulos como este para fomentar programas de políticas públicas, com incentivos, por exemplo, para alunos da rede estadual. O gestor poderá comunicar que alunos que concluírem o ensino médio, por exemplo, poderão receber recursos do governo local, que terá adquirido os papéis do Tesouro. A expectativa é a de que, com iniciativas como esta, possa se quebrar o ciclo de pobreza de uma geração a outra.

Ceron disse que a secretaria trabalha em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento

(BID), que conta com um estudo sobre como incentivos como esse não apenas ajudam o desempenho escolar, mas também colaboram para diminuir a evasão escolar, já que muitos estudantes passam a ter um horizonte.

eldquo;A ideia é popularizar muito mesmo o Tesouro Direto, e queremos que todas as crianças tenham um cadastro no programaerdquo;, afirmou Ceron. O secretário lembrou que é possível comprar papéis a partir de R$ 30,00.

VAQUINHA. Outra forma de poupança seria por dois outros tipos de produtos. Um é um eldquo;gift carderdquo; (cartão-presente) para amigos, parentes ou mesmo crianças. Outro é por investimento coletivo dentro de uma família, por exemplo. eldquo;Pais, padrinhos, tios e avós podem criar um elsquo;fundingersquo; (reserva) para o ciclo universitárioerdquo;, disse, explicando que aplicações por meio de débito automático serão opções disponíveis.

Mais um formato em desenvolvimento é o de contrapartida de empresas em aplicações que seus funcionários possam fazer no Tesouro Direto para investimentos com foco nos filhos. eldquo;Isso terá um apelo gigantesco nas empresas, não tenho dúvidas. Isso deve aumentar o engajamento do funcionário com a empresa, pois o apelo é ainda maior do que com um modelo similar já feito atualmente para a previdênciaerdquo;, comparou. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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