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O Brasil praticamente triplicou nos últimos anos as receitas advindas do setor de petróleo e prepara-se para aumentar a produção entre 70% e 80% até o fim da década, o que trará mais dólares para o país, via exportações, e a possibilidade de um maior equilíbrio fiscal.

O país produz atualmente cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia, sendo que 1 milhão é exportado. Até 2025, a produção nacional deve saltar para 5,2 milhões de barris/dia, e a maior parte do excedente será vendida ao mercado externo, sobretudo asiático.

As previsões foram apresentadas na terça (18) no seminário online "A transição energética e os impactos na economia", promovido pela Folha e o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Segundo os participantes, a transição energética em curso no Brasil e no mundo, mais os avanços na exploração do petróleo internamente, abrem um horizonte de oportunidades de negócios e de uso dos recursos para a estabilização macroeconômica brasileira.

Segundo Bráulio Borges, pesquisador associado do FGV Ibre, até 2020 as receitas oriundas do setor de petróleo no Brasil representavam cerca de 0,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 2022, elas passaram a 1,8%; e devem atingir 3% do PIB ao final deste ano.

"Durante muitos anos o Brasil foi importador líquido de petróleo e derivados. Isso mudou a partir de 2016, e agora passaremos a ter um grande excedente", afirma Borges.

De acordo com Fernanda Delgado, diretora-executiva corporativa do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, boa parte do petróleo brasileiro não consumido internamente será exportado para países asiáticos, onde o produto é largamente aceito por contar com baixas doses de enxofre.

Para Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro FGV Ibre, a receita do setor poderá ajudar o Brasil a melhorar a estabilidade das contas públicas e, como consequência, o ambiente para investimentos na área.

Segundo Delgado, os investimentos diretos previstos para os próximos dez anos somam cerca de US$ 185 bilhões nos setores de óleo e gás, com a previsão de criar 400 mil empregos.

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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