Sindiposto | Notícias

A inflação ficou em 0,71% em março, puxada pela volta de impostos sobre combustíveis. Apesar do avanço, o resultado aponta para uma desaceleração em relação ao mês de fevereiro, quando ficou em 0,84%. Os dados são do do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira.

O número veio abaixo do esperado pelo mercado. As projeções dos economistas giravam em torno de 0,77% no mês
Com o resultado, a inflação acumula alta de 4,65% em 12 meses, abaixo dos 5,60% observados nos 12 meses imediatamente anteriores
Esta é a menor variação desde janeiro de 2021, quando o IPCA somava 4,56% em 12 meses

Economistas já esperavam uma desaceleração diante da saída do efeito dos reajustes das mensalidades escolares, concentradas no mês de fevereiro. Segundo o IBGE, o grupo Educação, que subiu 6,28% em fevereiro, teve ligeira alta de 0,10% em março.

Gasolina puxa alta
Por outro lado, os preços de combustíveis ficaram mais pressionados diante da volta do PIS/Cofins sobre a gasolina. Por essa razão, o grupo Transportes foi o responsável pelo maior impacto sobre o índice. O segmento contribuiu com 0,43 ponto percentual no IPCA e registrou a maior variação no mês: alta de 2,11%. Só a gasolina subiu 8,33%, enquanto o preço do etanol avançou 3,20%. Gás veicular, óleo diesel e passagens áreas, por outro lado, continuaram em queda.

Em seguida ficaram os grupos e#39;Saúde e cuidados pessoaise#39; e e#39;Habitaçãoe#39;, que apresentaram altas de 0,82% e 0,57%, respectivamente - uma desaceleração em relação a fevereiro. O grupo que engloba saúde e cuidados pessoais, tem sido impactado pela alta do plano de saúde, que segue incorporando as frações mensais dos planos novos e antigos referentes ao ciclo de 2022-2023.

Já o grupo Habitação sofreu impacto da alta média de 2% sobre os preços da energia elétrica residencial. Houve uma elevação das tarifas elétricas com a volta da cobrança do ICMS sobre as tarifas de uso dos sistemas de transmissão (TUST) e distribuição (TUSD).

O segmento Artigos de residência, por sua vez, foi o único a registrar queda em março. Houve recuo nos preços dos itens de tv, som e informática. Os preços dos eletrodomésticos e equipamentos também caíram, após alta de 0,45% em fevereiro.

emdash; As promoções realizadas durante a semana do consumidor, ocorrida em março, podem ter influenciado emdash; avalia o analista da pesquisa, André Almeida.

Alimentação no domicílio fica no campo negativo
O grupo de alimentos e bebidas, por sua vez, também desacelerou: passou de 0,16% para alta de 0,05%. A alta menos intensa foi puxada pela queda no custo da alimentação no domicílio, que ficou no campo negativo após seis meses de alta mensal.

Batata-inglesa, óleo de soja, cebola, tomate e carnes tiveram reduções de 1% até 12%. Por outro lado, a cenoura ficou 28% mais cara e o ovo de galinha registrou alta de 7%, pesando mais na cesta de consumo das famílias.

O que dizem os analistas?
Analistas projetam que a inflação acumulada em 12 meses vai desacelerar até meados de junho, quando volta a pegar tração e terminar o ano perto de 6%. Isso porque saem da conta o efeito das desonerações dos combustíveis, que no ano passado levou o IPCA a registrar três meses seguidos de queda nos preços.

Economistas projetam que o índice termine o ano ao redor de 5,98%, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira, que reúne projeções de economistas. Na semana anterior, a previsão era de 5,96%.

A definição de um ICMS único, que valerá a partir de julho, deverá encarecer gasolina e etanol e elevar ainda mais a inflação. Diante disso, já há bancos estimando que o IPCA encerre o ano mais próximo de 6,5%.

Fonte/Veículo: O Globo

Leia também:

article

Movimento Acelera com Etanol une indústrias produtoras de etanol em Pernambuco

Com a coordenação do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaç [...]

article

Ser verde dá retorno, diz Ricardo Mussa, presidente da Raízen

O Engenheiro de produção Ricardo Mussa conduz há quatro anos a Raízen, empresa criada em 2011 pel [...]

article

ANP impõe derrota a Cosan e governo de SP em disputa sobre gasoduto de R$ 500 mi

A diretoria da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) impôs nesta quin [...]

Como posso te ajudar?