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Os preços do petróleo subiam nesta segunda-feira (3), registrando o maior aumento diário em quase um ano, depois que um anúncio surpresa da Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados) para cortar mais produção sacudiu os mercados.

O petróleo Brent subia 5,71%, a US$ 84,45 (R$ 429), por volta de 8h10 (horário de Brasília) após atingir a máxima em um mês, a US$ 86,44 (R$ 439) no início da sessão.

O petróleo nos EUA subia 5,90% a US$ 80,14 (R$ 407) depois de atingir o nível mais alto desde o final de janeiro.

A Opep+, incluindo a Rússia, abalaram os mercados ao anunciar cortes extras na produção de cerca de 1,16 milhão de bpd (barris por dia) no domingo (3).

Esperava-se que o grupo, conhecido como Opep+, mantivesse sua decisão anterior de cortar a produção em 2 milhões de bpd até dezembro em sua reunião mensal nesta segunda-feira.

As promessas elevam o volume total de cortes da Opep+ para 3,66 milhões de bpd, segundo cálculos da Reuters, o equivalente a 3,7% da demanda global.

Como resultado, o Goldman Sachs reduziu sua previsão de produção para o final de 2023 para a Opep+ em 1,1 milhão de bpd e elevou suas previsões de preço do Brent para US$ 95 (R$ 482) e US$ 100 (R$ 508) o barril para 2023 e 2024, respectivamente, disse em nota.

O governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que a medida anunciada pelos produtores era desaconselhável e alguns analistas questionaram a justificativa da Opep+ para o corte extra na produção.

"É difícil aceitar o raciocínio e#39;preventivoe#39; e e#39;cautelare#39; emdash;especialmente agora, quando a crise bancária diminuiu e o Brent voltou a subir para US$ 80 em relação a mínimas de 15 meses no início de março", disse Vandana Hari, fundadora do provedor de análise de mercado de petróleo Vanda Insights.

RÚSSIA DIZ QUE CORTE DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO É IMPORTANTE PARA APOIAR PREÇOS GLOBAIS

O Kremlin disse nesta segunda-feira que é do interesse da indústria energética mundial apoiar os preços do petróleo e dos produtos petrolíferos, um dia depois que a Rússia anunciou que irá estender até o fim do ano o corte de 500 mil bpd em sua produção de petróleo.

Perguntado sobre as críticas dos EUA, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse aos repórteres: "Neste caso, é do interesse da energia mundial manter os preços mundiais do petróleo e dos produtos petrolíferos no nível adequado. É nisto que você precisa se concentrar. Se os outros países estão satisfeitos ou insatisfeitos emdash;isso é assunto próprio deles".

Peskov afirmou que é importante manter os preços em um certo nível porque o setor é intensivo em investimentos e porque no futuro previsível não é possível atender a todas as necessidades dos países a partir de fontes renováveis.

Perguntado se a Rússia tinha coordenado suas ações com a Opep+, ele disse: "A Rússia está em contato constante com vários estados da organização, este é um processo normal, mas nada mais. Neste caso, os países têm uma linha independente, um interesse independente em estabilizar o mercado".

(Reuters)

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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