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Representantes do mercado de biocombustível reagiram às declarações feitas pela CNT (Confederação Nacional dos Transportes) nos últimos dias de que o frete vai ficar mais caro se o governo decidir elevar o percentual de biodiesel na mistura obrigatória ao diesel.

Na opinião da CNT, o aumento do biodiesel no combustível de caminhões e ônibus pode piorar a poluição porque, segundo a entidade, reduz a eficiência dos motores, aumentando o consumo.

Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), Aprobio (Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil) e Ubrabio (União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene) pediram para a CNT explicar suas declarações no contexto dos compromissos com a RenovaBio (programa para elevar na matriz energética a participação de combustíveis menos poluentes do que os derivados de petróleo) e com o processo de descarbonização do planeta.

Para a CNT, "o eventual acréscimo do teor do biodiesel irá gerar custos adicionais ao valor do frete, que serão transferidos a toda população, traduzindo-se em acréscimos inflacionários e encarecendo ainda mais o transporte e, por consequência, os produtos consumidos e exportados".

As entidades afirmam que as afirmações da CNT são falsas e revelam desprezo com o meio ambiente e a saúde das pessoas. "O posicionamento da CNT coloca em risco uma extensa cadeia de produção que gera emprego para a população e receita para o Estado, desenvolve a economia nacional com investimento, apoia o pequeno agricultor, reduz a emissão de gases de efeito estufa, melhora o meio ambiente e a qualidade de vida do cidadão", dizem Abiove, Aprobio e Ubrabio em nota.

A FPBio, (Frente Parlamentar Mista do Biodiesel) também saiu em defesa do combustível. Em nota divulgada nesta segunda (27), defendeu que "o percentual a ser definido pelo CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), cuja decisão deve sair em março, seja compatível com a possibilidade da indústria e o interesse nacional, mesmo que de forma progressiva até B15, percentual de 15% ao diesel, previsto em lei".

Ao longo da gestão Bolsonaro, o governo fez cortes no percentual da mistura como forma de diminuir o preço do diesel nos postos e acalmar a relação conflituosa com os caminhoneiros. Até 2021, a mistura era de 14%. Hoje está em 10%.

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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