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A Índia iniciou nesta segunda (6/2), com dois meses de antecedência, a implementação da mistura de 20% de etanol na gasolina, em 15 cidades. A meta é dobrar a mistura em todo o território indiano endash; dos atuais 10% para 20% endash; até 2025.

A novidade é acompanhada de perto pelas indústrias brasileiras de bioenergia e automotiva. Estão de olho em oportunidades de exportar biocombustível e tecnologia dos motores flex para o país asiático.

emdash; A aproximação com a Índia se deu em 2020, quando o então presidente Jair Bolsonaro foi ao país e se reuniu com o primeiro-ministro Narendra Modi. Os indianos mostraram interesse em aumentar importações de óleo brasileiro e o consumo de biocombustíveis.

emdash; A relação entre os países deu mais um passo em 2022, com a visita do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e de uma comitiva de representantes do mercado brasileiro de etanol endash; como Unica, Volkswagen e Toyota.

Na disputa pelas rotas de descarbonização do transporte, o setor vê na Índia um promissor aliado para os biocombustíveis, na disputa com os veículos elétricos, xodó das políticas de países ricos.

Foco na segurança energética

O aumento do etanol na gasolina é apenas um dos pilares da estratégia indiana para o setor de energia. A agenda concilia esforços de descarbonização e preocupação com a segurança energética do país, de 1,4 bilhão de habitantes. SeP Global Commodity Insights

emdash; Narendra Modi anunciou, na abertura do India Energy Week, nessa segunda (6/2), que o país buscará uma estratégia energética diversificada: quer aumentar em 80% a capacidade de refino, para até 450 milhões de toneladas, até 2030; e ampliar de 6% para 15% a participação do gás na matriz energética do país no mesmo período.

Ao mesmo tempo, indica que biocombustíveis, hidrogênio e veículos elétricos terão papel crucial na transição energética.

emdash; A Índia prometeu se tornar net zero até 2070 e busca, também, reduzir a dependência de óleo e gás endash; sobretudo com a alta dos preços. O país é um dos principais polos globais de refino de petróleo.

emdash; eldquo;Uma nação de mais de 1,4 bilhão deve ser protegida contra o aumento global de preços, para que a energia seja acessível, a um custo acessível. Este é o foco principal das necessidades energéticas da Índiaerdquo;, sintetizou o ministro do Petróleo, Hardeep Singh Puri.

(AFP)

Fonte/Veículo: EPBR

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