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O Brasil gerou 2,03 milhões de empregos com carteira assinada em 2022, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho. O número representa queda de 26,6% em relação ao ano anterior endash; quando 2,77 milhões de vagas formais foram criadas. No ano passado, foram registrados 22,6 milhões de contratações e 20,6 milhões de demissões.

A comparação com anos anteriores a 2020 endash; quando foram fechadas 192 mil vagas em decorrência do auge da pandemia endash; não é mais adequada porque o governo mudou a metodologia do Caged.

Em dezembro de 2022, foram fechados 431.011 postos formais, ante criação de 130.545 vagas em novembro (dado revisado ontem).

O saldo positivo de vagas com carteira assinada em 2022 foi puxado pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 1.176.502 postos formais, seguido pelo comércio, que abriu 350.110 vagas. Na indústria, houve a criação de 251.868 vagas, enquanto a construção civil abriu 194.444 postos. Na agropecuária, foram abertas 65.062 vagas em 2022.

Já o salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada chegou a R$ 1.944,17 em 2022. Comparado ao valor do ano anterior, houve redução real (descontada a inflação) de R$ 90,99.

DESACELERAÇÃO.

Economistas avaliam que neste ano a criação de postos com carteira assinada deve perder força. eldquo;Nos meses finais de 2022, já vínhamos observando um começo de perda de fôlego do saldo de vagaserdquo;, afirmou Helcio Takeda, economista da Pezco. eldquo;Caso a perda de fôlego da atividade fique mais evidente, veremos uma desaceleração clara do Cagederdquo;, diz o economista, que projeta saldo de 1,3 milhão de postos no ano. eldquo;Praticamente metade do acumulado do Caged em 2022 veio de serviços, muito em função da recuperação desse segmento verificada ao longo do anoerdquo;, acrescentou.

Já a XP Investimentos projeta que a geração de vagas recue para 800 mil. eldquo;Projetamos que o mercado de trabalho brasileiro continuará em rota de desaceleração. Os dados do Caged sustentam nossa visão de atividade econômica estagnada no quarto trimestre de 2022erdquo;, avaliou o economista da XP Rodolfo Margato.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que o governo reforçará a fiscalização trabalhista nas empresas para combater fraudes nas contratações. Segundo ele, trabalhadores que deveriam ter carteira assinada estão sendo contratados em regime de pessoa jurídica ou por meio do programa microempreendedor individual. eldquo;Vamos colocar os fiscais na rua para fiscalizar as empresas e formalizar os trabalhadores. Vamos fortalecer a formalização do trabalho, a fiscalização e a negociação coletiva.erdquo;

Segundo o subsecretário de Estudos e Estatísticas substituto do Ministério do Trabalho, Felipe Pateo, durante 2022 houve uma alta tanto dos desligamentos quanto das admissões em relação a 2021, o que indicaria uma maior rotatividade do mercado formal. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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