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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira (30) que o governo apresentará os indicados para a renovação da diretoria e do conselho de administração da companhia ainda esta semana.

Prates diz que já há uma lista de indicados, mas não quis antecipar nomes. Após a indicação, os nomes têm que passar por avaliação de comitê interno que analisa currículos e eventuais vedações e conflitos.

A nomeação de Prates foi aprovada pelo conselho de administração da Petrobras na última quinta (26) e ele tomou posse tanto no colegiado quando na presidência da companhia no mesmo dia.

Nesta segunda, o executivo participou de sua primeira agenda pública, em evento promovido pelo MIT (Massachusetts Institute of Technology) sobre a criação de um polo de inovação no Rio de Janeiro.

Em seu discurso, reforçou que a Petrobras dará mais atenção à transição energética, questão que já constava do plano de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

"A Petrobras tem um enorme desafio nessa área", afirmou. Uma das mudanças da nova gestão será o retorno ao segmento de energias renováveis, abandonado no governo Jair Bolsonaro.

Prates não quis confirmar a criação de uma diretoria de transição energética, que seria ocupada por Maurício Tolmasquim, seu colega na equipe de transição do governo Lula.

Disse apenas que a prioridade agora é preencher as oito diretorias existentes na estatal. Depois, pode haver um rearranjo na administração da empresa.

O conselho de administração será renovado apenas na assembleia geral ordinária de acionistas, prevista para abril. O governo tem seis vagas no colegiado atual, ocupadas por indicados de Bolsonaro.

Em rápida entrevista após a abertura do evento, Prates foi questionado sobre mudanças na política de preços dos combustíveis e voltou a limitou-se a repetir que "política de preços é assunto de governo".

Em seu primeiro comunicado aos empregados da Petrobras, ainda na quinta, Prates reforçou a ideia de que a gestão petista será mais focada no papel da empresa como indutora de desenvolvimento do que na remuneração aos acionistas.

"A indústria de petróleo é intensiva em capital e na geração de empregos, devendo ser uma locomotiva do desenvolvimento do Brasil", afirmou. "Queremos uma Petrobras que se orgulhe de ser grande e de impulsionar todas as regiões e negócios onde atue."

Fonte/Veículo: Folha de São Paulo

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