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O volume de vendas do comércio varejista no Brasil caiu 0,6% em novembro na comparação com outubro, em dados ajustados sazonalmente. No acumulado de 2022, o varejo registra alta de 1,1%. Já nos últimos 12 meses, o setor acumula avanço de 0,6%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quarta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda mensal ficou acima do esperado, uma vez que o consenso Refinitiv projetava retração de 0,3% na base mensal. A previsão anual era de alta de 1,9%.

Das oito atividades pesquisadas pelo IBGE, seis tiveram resultados negativos em novembro. As principais influências sobre o índice geral vieram de Combustíveis e lubrificantes (-5,4%) e Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-3,4%).

Para Cristiano Santos, gerente da pesquisa, um dos fatores que explicam o resultado negativo do setor de combustíveis é a inflação. eldquo;Novembro foi o primeiro mês em que os preços dos combustíveis voltaram a crescer após uma sequência de deflação que se iniciou em julho do ano passado. Isso impactou as receitas das empresas. Outro ponto é que novembro não é um mês de grandes movimentos nos transportes, já que as famílias costumam esperar para viajar em dezembroerdquo;, afirmou.

Segundo o pesquisador, a Black Friday, que acontece no fim de novembro, não resultou em números muito positivos para o comércio varejista. Uma atividade que costuma ficar mais aquecida no período é a de Equipamentos e Material para Escritório, Informática e Comunicação, que recuou após dois meses de crescimento expressivo.

eldquo;Esse desempenho mais fraco da Black Friday contribui fortemente para o resultado negativo do setor varejista em novembro. As condições macroeconômicas, como a falta de crescimento de crédito, a alta dos juros, a estabilidade do valor do Auxílio Brasil e a volta da inflação, acabam impactando a renda das famílias e diminuem o consumoerdquo;, comentou Santos.

Quedas

Outras atividades cujas vendas no varejo ficaram no campo negativo em novembro foram Livros, Jornais, Revistas e Papelaria (-2,7%), Tecidos, Vestuário e Calçados (-0,8%), Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico (-0,3%), e Hiper, Supermercados, Produtos alimentícios, Bebidas e Fumo (-0,2%).

Fonte/Veículo: Infomoney

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