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A transição energética brasileira, diferente da europeia, não se apoia apenas em painéis solares, turbinas eólicas e baterias. Ela nasce da terra. O país é um dos líderes globais em biocombustíveis desde que, em plena crise do petróleo dos anos 1970, criou um programa pioneiro para substituir a gasolina por etanol.
Em 2024, o Brasil sancionou dois importantes marcos legais para o setor, a Lei nº 15.082, que altera pontos da Política Nacional de Biocombustíveis e a Lei nº 14.993, a Lei do Combustível do Futuro, que cria programas nacionais para ampliar o uso de combustíveis sustentáveis no setor de transporte.
Enquanto isso, o setor produtivo amplia a diversidade e o volume de biomassas para sustentar uma nova geração de biocombustíveis avançados, como biodiesel, SAF (combustível sustentável de aviação) e soluções bioenergéticas para caldeiras e fornos industriais.
Neste texto, o Nexo acompanha como a cadeia da biomassa está se reorganizando, do campo à pesquisa científica, para descarbonizar setores ainda de difícil eletrificação.

Da terra à energia

Embora seja mais lembrada pelo etanol, que move carros em todo o território nacional, a biomassa desempenha um papel bem mais amplo na transição energética brasileira. Ela também abastece termelétricas que entregam eletricidade a milhões de residências, especialmente no período seco do ano. Dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) mostram que, em 2024, as diferentes biomassas somaram 18.062 MW de capacidade instalada, o que equivale a 8,5% da matriz elétrica nacional. O bagaço e a palha da cana-de-açúcar foram responsáveis por 75% de toda a bioeletricidade gerada no país naquele ano.
Mas a biomassa não se resume à cana, ao etanol ou à geração de eletricidade. Pesquisadores no Brasil trabalham para diversificar suas matérias-primas de acordo com a finalidade, explorando culturas como sorgo, macaúba e agave, além dos já tradicionais milho e soja. Essa expansão abre caminho para novas rotas tecnológicas, inclusive com o uso da biomassa em processos de captura e armazenamento de carbono, que começam a ganhar espaço no país. Para ler esta notícia, clique aqui.

Fonte/Veículo: Nexo

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