ANP divulga resultados de ações de fiscalização em 15 unidades da Federação (8 a 19/12/25)?
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O Conselho da FUP (Federação Única dos Petroleiros) aceitou uma contraproposta da Petrobras e votou pela suspensão da greve dos trabalhadores da estatal nesta segunda-feira (22). A paralisação, de abrangência nacional, começou na semana passada, após a rejeição da proposta apresentada pela companhia nas negociações do acordo coletivo de trabalho (ACT).
"Após a Petrobras garantir que não haverá punições para os grevistas e que todas as empresas subsidiárias irão acompanhar o acordo conquistado, o conselho deliberativo da FUP, por ampla maioria, indicou a aceitação da contraproposta e a suspensão da greve", afirmou o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, em postagem no Instagram.
O dirigente também disse que diversos pedidos da categoria foram atendidos na reunião desta segunda-feira com a empresa.
A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), outra entidade que representa trabalhadores do setor, decidiu, no entanto, manter a paralisação. "A entidade rejeitou a proposta e orientou grevistas das demais bases a fazerem o mesmo", afirmou um porta-voz da FNP.
Segundo Ana Paula Baião, diretora do Sindipetro-RJ, uma das maiores entidades filiadas à federação, "não é possível que, em uma greve como essa, uma das maiores que já fizemos, não consigamos avanços nas nossas pautas".
Mais cedo nesta segunda-feira, a FNP já havia reforçado a continuidade da greve em comunicado. "A proposta que a Petrobras apresentou não nos serve", disse o secretário-geral da entidade, Eduardo Henrique.
A FUP representa cerca de 25 mil empregados e atua em 61% das unidades da Petrobras. Já a FNP representa mais de 50 mil trabalhadores e responde por cerca de 80% da extração de petróleo do país.
A greve teve a adesão de todas as plataformas de petróleo próprias da Petrobras em operação nas bacias de Santos e Campos, além de alcançar refinarias, termelétricas, usinas de biodiesel, campos de produção terrestre, unidades de tratamento e compressão de gás, dentre outros pontos, segundo sindicatos.
A Petrobras afirma que tem evitado impacto nas operações e no abastecimento com a atuação de equipes de contingência.
Uma disputa que envolve cerca de 50 mil aposentados e pensionistas da Petrobras sobre descontos na folha de pagamento emdash;feitos para cobrir rombos nos fundos de pensão administrados pela fundação Petrosemdash; está no centro da greve.
Os PEDs (Planos de equacionamento de déficit) da Petro são mecanismos usados para cobrir os déficits e garantir o equilíbrio do fundo de pensão. Eles impõem contribuições extraordinárias tanto a aposentados, que passam a receber um benefício menor, quanto a trabalhadores ativos, que têm descontos adicionais no salário que variam de 15% a 20%.
Sindicatos de trabalhadores da Petrobras querem há anos reduzir ou eliminar descontos extras nas folhas e colocam o tema como central no movimento.
A tentativa de resolver a situação de uma vez por todas através da greve atual, mesmo às vésperas do final do ano, deve-se a temores relacionados ao processo eleitoral de 2026, que poderia atrapalhar os avanços obtidos até agora nas negociações.
Os valores totais envolvidos não são divulgados oficialmente pelos sindicalistas ou pela empresa, mas há indicações de que podem estar na casa dos bilhões. Uma pessoa da empresa afirmou à Reuters, sob condição de anonimato, que não se trata de uma solução simples ou barata.
A administração da Petrobras está buscando alternativas, juntamente com sindicatos e o fundo de pensão Petros, mas as discussões se arrastam considerando as dezenas de milhares de pessoas que têm descontos na folha desde 2018.
A pessoa acrescentou que não seria possível para a Petrobras apresentar uma solução efetiva para os descontos neste momento, embora tenha admitido que a empresa pode dar aos petroleiros "um sinal do esforço" que vem sendo feito para resolver a questão.
O temor dos petroleiros, segundo ele, é de que as eleições de 2026 derrubem os avanços alcançados em negociações com a estatal nos últimos dois anos e meio. "Quando entrar no período eleitoral, quem está na cadeira não sabe se vai continuar... Começa a ter dificuldade de interlocução com a diretoria, com o governo, se for o caso, então tudo fica mais difícil", afirmou Paulo César Martin, diretor de seguridade da FUP (Federação Única dos Petroleiros).
Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo
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