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Fundado há dez anos, o supermercado digital Shopper começou a fazer entregas fora do Estado de São Paulo. Até 24 de novembro, a plataforma atendia 140 cidades paulistas, por meio de centros de distribuição e logística próprios. Com a expansão territorial, vai alcançar mais 2.543 cidades em outros nove Estados e no Distrito Federal.

eldquo;Vamos chegar a regiões que têm 70% da população do Brasil e com produtos selecionados, que o consumidor não encontraria facilmente em suas cidadeserdquo;, diz o CEO e cofundador da Shopper, Fábio Rodas. eldquo;A ideia é testar. A gente quer aprender com essa expansão geográfica. Vamos passar dois ou três meses e ver o que acontece, como vai ser a demanda. Se os clientes gostarem do nosso serviço, a ideia é levar a mais cidades e, em algum momento, chegar ao território inteiro ( do País).erdquo;

Serão mais de 3 mil produtos premium, incluindo de pequenos produtores brasileiros, dentre os mais de 12 mil que vendem em São Paulo, de mais de 700 fornecedores diferentes.

O projeto de expansão para fora das fronteiras paulistas começou apenas em agosto deste ano, quando a empresa passou a importar a marca de chocolates holandesa Tonyersquo;s. Desde então, a Shopper começou a receber mensagens de consumidores interessados em receber o produto em outros Estados. Nos três meses seguintes, a empresa começou a adaptar o site para receber pedidos de fora.

Outras marcas foram agregadas ao plano, como o chocolate Feastables, marca do youtuber com centenas de milhões de seguidores MrBeast, e o nacional Dengo, além de suplementos alimentares e naturais.

Por enquanto, a estratégia funciona como projeto-piloto, com empresas logísticas parceiras, em vez de usar veículos próprios. As entregas são abastecidas pelos três centros de distribuição da marca endash; em Ribeirão Preto, Osasco e São Paulo, este último inaugurado, em agosto, com investimento de R$ 25 milhões. O novo espaço mais que dobrou a capacidade de operação da empresa, para mais de 50 mil metros quadrados.

Na mesma época, a empresa anunciou a comercialização de seus produtos por meio do aplicativo do iFood na capital paulista, e também o lançamento do Shopper Now, de entregas ultrarrápidas em São Paulo endash; em até 15 minutos.

elsquo;TESTANDO A DEMANDAersquo;. Idealizada pelos empreendedores Fábio Rodas e Bruna Vaz, que se conheceram na escola de negócios Insper, a Shopper surgiu como um site que testava o interesse das pessoas por receber as compras em casa. Depois de verem um vídeo gravado pela própria Bruna, os usuários podiam optar por fazer pedidos de produtos para receber em casa, mas, se tentavam concretizar a compra, eram informados de que não havia entregas em sua região. Na verdade, a página de compras ainda não havia sido desenvolvida. eldquo;Desde o começo, fazemos investimentos passo a passo, testando a demanda, e vai ser assim na nova expansãoerdquo;, conta Rodas.

Ao perceber que havia demanda, os sócios investiram R$ 28 mil para iniciar as operações e a fazer entregas no entorno do escritório. Apenas dois anos depois, a Shopper passou a atender todo o centro expandido de São Paulo. E só no quinto ano de operação começou a atuar fora da capital paulista.

O atual movimento de expansão faz parte da estratégia da Shopper para atingir os R$ 2 bilhões de faturamento anual até 2027. Segundo Rodas, a meta está caminhando até melhor do que o esperado para alcançar esse objetivo, mas só no próximo ano a empresa deve divulgar os seus números.

MAIS VENDIDOS. As três categorias de produtos mais vendidos são, pela ordem, produtos de limpeza, seguidos por frutas, legumes e vegetais, armazenados em seus centros a temperaturas inferiores às dos mercados tradicionais, para ficarem mais frescos, e, por fim, suplementos alimentares.

A empresa usa apenas sistemas tecnológicos desenvolvidos internamente. Até mesmo o sistema de gestão (conhecido como ERP, na sigla em inglês) e o de gerenciamento de clientes (CRM), que as empresas de médio e grande porte costumam comprar de fornecedores de software, foram desenvolvidos internamente.

A expansão da Shopper vem sendo bancada pelos recursos levantados em quatro rodadas de investimentos, que trouxeram nomes conhecidos para o time de apoiadores do negócio. Nas duas primeiras rodadas, que levantaram R$ 10 milhões e R$ 120 milhões, em 2019 e 2021, chegaram José Galló, ex-CEO da Lojas Renner, Juscelino Martins, do atacadista Grupo Martins, o fundo Canary VC, do empreendedor Ariel Lambrecht, cofundador do aplicativo de mobilidade da 99, e o frigorífico Minerva Foods.

Em 2021, ainda, a empresa levantou R$ 170 milhões com o GIC, fundo soberano de Singapura. Na última rodada, este ano, foi a vez do iFood trazer mais R$ 150 milhões, com o GIC e o braço de investimentos do Minerva. Para o médio ou longo prazo, Rodas conta que uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em ingles) é um caminho provável, e pode acontecer numa bolsa de valores fora do Brasil. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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