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A prévia da inflação oficial no País, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), subiu 0,52% em dezembro, após ter avançado 0,53% em novembro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 5,9% em 2022.

O IPCA-15 de dezembro mostrou uma composição positiva, com desaceleração no ritmo de alta de preços de serviços, por exemplo, mas não indica um cenário menos pressionado para a condução da política monetária pelo Banco Central, segundo avaliação da economista para Brasil do banco BNP Paribas, Laiz Carvalho.

eldquo;Falar de 2022 é quase olhar no retrovisor. O que importa mais para o BC são as expectativas para 2024 e 2025, que não vão ser afetadas pelo número de hoje, mas continuam afetadas pelo cenário fiscalerdquo;, disse. Ela reiterou a expectativa de manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano, pelo menos durante todo o primeiro semestre de 2023.

O trabalho do Banco Central para conter a inflação ainda não está concluído, avaliou a economista-chefe e sócia da gestora de recursos Gap Asset, Anna Reis. No próximo ano, a autoridade monetária deve lidar com um ambiente eldquo;mais desafiador para as expectativas de inflaçãoerdquo;, prevê.

Para ela, o começo do ciclo de cortes da Selic deve ser postergado de junho para novembro de 2023, em meio a sinais de uma política fiscal mais expansionista do governo eleito.

eldquo;Optamos por postergar o ciclo (de aperto monetário) erdquo;, disse a economista da GAP Asset, que projeta uma taxa Selic em 13,0% no fim de 2023.

PREÇOS. Sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA-15 tiveram alta de preços em dezembro. Os maiores impactos sobre a inflação partiram de Transportes (0,85%) e Alimentação e bebidas (0,69%), mas a maior variação foi no setor de Vestuário, com encarecimento de todos os itens do grupo.

As famílias pagaram 0,78% a mais pelos alimentos consumidos no domicílio em dezembro. Os destaques nas gôndolas foram os aumentos na cebola (26,18%) e no tomate (19,73%). Apenas nos últimos três meses, a cebola ficou 52,74% mais cara, enquanto o tomate aumentou 49,84%. Em dezembro, houve altas de preços também no arroz (2,71%) e nas carnes (0,92%). O leite longa vida recuou 6,10%, o quarto mês consecutivo de quedas, mas o produto encerrou 2022 com um aumento de 25,42%. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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