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O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis de Mato Grosso (Sindipetróleo) contestou, nesta segunda-feira (08), as declarações divulgadas em entrevista recente que associou a rota de transporte de combustíveis entre refinarias e o estado a um suposto ambiente favorável à adulteração de produtos. Segundo a entidade, as afirmações apresentadas não refletem a realidade do mercado formal de combustíveis em Mato Grosso.

De acordo com o Sindipetróleo, a adulteração não é um fenômeno sistêmico vinculado ao trajeto de distribuição, mas sim casos pontuais já identificados e monitorados pelos órgãos competentes, uma vez que os combustíveis que saem direto da refinaria para o Estado passam por alto controle de adulteração e fiscalização.

Para o presidente Claudyson Martins Alves - Kaká, o transporte e a distribuição operam com protocolos rígidos de rastreabilidade e lacres, o que reduz de forma significativa a possibilidade de qualquer manipulação irregular ao longo do percurso. eldquo;O processo é altamente controlado e auditado. Generalizar exceções como se fossem regra prejudica a confiança no setorerdquo;, afirma.

Outro ponto rebatido é a alegação de que os motores dos veículos eldquo;não identificariam a adulteraçãoerdquo;. Segundo Alves, a afirmação não encontra sustentação técnica. A entidade explica que a questão não diz respeito à calibração do motor, mas sim à qualidade do combustível entregue, algo que segue padrões definidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A entidade também ressalta que os dados oficiais mostram justamente o oposto, pois os índices de irregularidade têm apresentado queda histórica nos últimos anos, resultado de maior fiscalização, autorregulação e avanços tecnológicos no setor.

Em 2025, a ANP realizou 356 fiscalizações em postos de Mato Grosso, das quais resultaram 54 autos de infração e apenas 25 casos (7,2%) de produtos fora de especificação, sendo 23 ligados ao óleo diesel S500 e S10 e apenas dois à gasolina. Os parâmetros irregulares identificados no diesel, como teor de biodiesel, acidez e contaminação total, não podem ser medidos pelos postos, que dependem da amostra testemunha coletada no recebimento para sua defesa.

Ao longo dessas ações, a ANP registrou apenas quatro interdições, sendo uma total e três referentes exclusivamente a bombas abastecedoras. Isso significa que 98,9% dos postos fiscalizados estavam conformes quanto à qualidade do produto. eldquo;Os dados oficiais mostram que o mercado de Mato Grosso é seguro e altamente fiscalizado. Não há base para alarmismo ou para questionar a qualidade dos combustíveis vendidos no estadoerdquo;, aponta Kaka.

O presidente do Sindipetróleo reforçou ainda que Mato Grosso possui um dos mercados mais fiscalizados do país, com monitoramento permanente da ANP, Procon, Immetro e da Secretaria de Fazenda. Segundo o sindicato, os postos seguem normas rígidas de testes, com contraprova, padrões de armazenamento e controle de qualidade.

O sindicato explica que eventuais irregularidades que surgem ao longo da cadeia são exceções devidamente identificadas e tratadas pelas autoridades.

Kaka ressalta que a falta de informação sobre a rigidez das fiscalizações pode trazer prejuízos como a formação de uma percepção equivocada no consumidor sobre a segurança do combustível vendido em Mato Grosso; a transferência indevida de responsabilidade para os postos, que não são responsáveis nem pela produção nem pelo transporte do produto; a associação injusta do setor a práticas ilegais, fatores que podem afetar diretamente a confiança na rede de revendedores regularizados.

eldquo;O setor de combustíveis de Mato Grosso é formado majoritariamente por empresários sérios, que cumprem rigorosamente a legislação e investem continuamente em qualidade e confiabilidade. Não aceitamos que todo um segmento seja penalizado por práticas isoladas que não representam o mercadoerdquo;, afirmou o presidente do Sindipetróleo, Claudyson Martins Alves.

Fonte/Veículo: Midia News

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