Sem acordo, Senado suspende votação de PLP sobre devedor contumaz
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A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) criou o grupo de trabalho de HVO (Hydrotreated Vegetable Oil) para debater temas ligados ao diesel renovável oriundo de óleo vegetal hidrotratado, os caminhos para viabilizar e a expansão da produção e o aprimoramento na matriz energética brasileira.
A iniciativa será coordenada por Nilton Shiraiwa, da Mercedes-Benz, e tem como vice-coordenadora a Ana Mandelli, do IBP. De acordo com Shiraiwa, esta comissão vai estimular o diálogo do setor com os demais parceiros envolvidos no tema HVO para contribuir com o desenvolvimento da produção, distribuição e uso de misturas, assim como garantir o bom funcionamento nos veículos e máquinas equipadas com motor diesel.
Os membros do grupo irão estudar a viabilidade técnica do HVO no Brasil, abordando questões relacionadas à tecnologia de produção, armazenagem, manuseio, matérias-primas, especificação, além de tratar dos assuntos relativos à viabilidade econômica, logística e tributos.
Fabricantes de veículos e motores, além de fornecedores de componentes para a indústria automotiva irão se juntar a produtores e distribuidores de combustíveis no Brasil, produtores de óleos vegetais, potenciais produtores de HVO, órgãos reguladores, universidades e institutos de pesquisa à semelhança do que foi realizado desde 2005, quando a AEA criou uma comissão técnica de biodiesel.
O que é HVO?
O HVO é um óleo vegetal hidrotratado, conhecido como diesel verde ou diesel renovável que, diferentemente do biodiesel, não possui oxigênio em sua molécula. É um hidrocarboneto puro, sendo assim muito mais estável. Pode ser usado puro, misturado ao biodiesel, misturado ao diesel mineral ou em uma mistura ternária diesel mineral-HVO-biodiesel.
Segundo a AEA, o HVO é excelente para ser utilizado em veículos da atualidade e futuros, sem a necessidade de adaptação nos motores.
A produção de HVO pode ser realizada a partir de várias matérias-primas sem concorrer com a produção de alimentos, aponta a AEA. Pode ser produzido a partir de óleos vegetais, como óleo de soja, óleo de girassol, óleo de palma, além de gordura animal.
A introdução do HVO pode aumentar a participação de fontes limpas e renováveis na matriz energética, colocando o Brasil em uma posição ainda mais privilegiada no cenário internacional. Em médio prazo, se forem realizados os testes necessários para aperfeiçoamento da matriz, o HVO pode se tornar uma importante fonte de divisas para o país, somando-se ao álcool e ao biodiesel como fonte de energia renovável que deve ser oferecida à comunidade mundial.
Diferença do HVO para o biodiesel
O HVO e o biodiesel são combustíveis para o ciclo diesel derivados de biomassa renovável e produzidos a partir dos mesmos tipos de matéria prima. Enquanto o HVO é uma mistura de hidrocarbonetos (carbono e hidrogênio), o biodiesel é uma mistura de ésteres (carbono, hidrogênio e oxigênio).
O HVO é produzido pelo processo químico de hidrotratamento (HDT), por meio do qual a matéria prima reage com hidrogênio em condições controladas de temperatura e pressão, para produzir um combustível semelhante ao diesel mineral. Pode também ser produzido por coprocessamento nas refinarias de petróleo juntamente com a hidrogenação do óleo diesel mineral.
Já o biodiesel é produzido por transesterificação por meio da qual a matéria prima reage com o metanol (álcool) para produzir um combustível bem distinto do diesel mineral, conhecido internacionalmente como FAME (Fatty Acid Methyl Ester).
Fonte/Veículo: Automotive Business
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