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Com as negociações da COP30 no Brasil em reta final, altos funcionários do governo estão divididos sobre uma das principais prioridades do encontro. Enquanto alguns esperam aprovar um roteiro para que o mundo deixe de usar combustíveis fósseis, outros argumentam que os esforços devem se concentrar em melhorar o financiamento para a adaptação climática, de acordo com pessoas ouvidas pela Bloomberg.

Cerca de 80 países apoiam o chamado mapa do caminho para redução de combustíveis fósseis. O assunto não está na agenda formal da COP, mas é uma prioridade do governo Lula e ganhou ainda mais atenção com a ida do presidente à Belém, sede da COP, nesta quarta-feira.

A ambição original da presidência brasileira era sair da conferência com a criação de um grupo de trabalho para estabelecer um calendário de dois anos para inciar a redução da dependência de fontes fósseis, como petróleo e carvão. Mas há poucos sinais de que esse objetivo será atingido.

Alguns integrantes do governo envolvidos nas negocaições temem que, se houver avanço no roadmap, isso possa comprometer o progresso que vinha sendo feito na área de financiamento para adaptação, disseram as fontes.

Um acordo feito na COP2021 para dobrar esse financiamento para cerca de US$ 40 bilhões expira no final deste ano. E há discussões sobre como os países--membros da conferência do clima farão a partir do ano que vem.

As visões divergentes não passaram despercebidas entre os observadores da COP. Márcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, afirmou que a divisão se dá entre eldquo;aqueles que querem salvar o mundo e aqueles que querem salvar o sistemaerdquo;.

Obsevadores cobram ações concretas tanto na questão dos combustíveis fósseis como na do desmatamento ilegal.

eldquo;Queremos mapas do caminho que sejam efetivamente planos de ação, tanto para superar os fósseis quanto para zerar o desmatamento. Precisamos mobilizar recursos para isso, e queremos que a defesa feita por Lula para que as petroleiras, mineradoras e os superricos ajudem a pagar a conta da transição energética seja de fato incorporada. Ou seja, precisamos ver tudo isso no texto final acordado por todos os países. Aí sim teremos motivos para celebrar. Belém de fato está entregando uma linda COP, mas ela é feita também do texto final, e esse ainda não veioerdquo;, disse em nota a diretora executiva do Greenpeace Brasil, Carolina Pasquali.

Fonte/Veículo: O Globo

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