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Cotado para assumir o comando da equipe econômica no próximo governo, o ex-ministro e ex-prefeito Fernando Haddad afirmou ontem, durante almoço organizado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), que uma das prioridades do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva no início do seu mandato será a reforma tributária. Ele disse ainda que há consenso de que a qualidade das despesas públicas no Brasil eldquo;piorou muitoerdquo;, com um eldquo;Orçamento com dificuldade de atingir o objetivo programadoerdquo;.

eldquo;Nós recebemos da parte do presidente Lula o recado de que ele deseja que esse seja um dos primeiros temas de 2023, resolver o problema da reforma tributária para atrair investimentoserdquo;, disse Haddad. eldquo;O emaranhado de tributos no Brasil, hoje, serve como uma espécie de obstáculo.erdquo;

Lula, que ainda se recupera de recente cirurgia, escalou Haddad para representá-lo no encontro, num movimento visto como indicação de que o ex-ministro seria hoje o nome mais forte para assumir o comando da Fazenda. O desejo do novo governo é que Haddad faça uma eldquo;dobradinhaerdquo; com o economista Persio Arida, um dos eldquo;paiserdquo; do Plano Real, na equipe econômica.

Apesar de ter tocado na questão da reforma tributária, garantindo que o governo está comprometido com sua aprovação, o discurso do petista não conseguiu aplacar as resistências do mercado. A fala de Haddad foi considerada genérica por não ter tratado, de forma mais detalhada, de questões como o risco de estouro nas contas públicas e controle fiscal. Um dos banqueiros presentes disse que o discurso foi protocolar e eldquo;sem nada de concretoerdquo;.

A avaliação acabou batendo na Bolsa que, logo depois do discurso, acelerou o movimento de queda no dia. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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