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A Petrobras anunciou nesta terça (4/11) que irá fornecer diesel de petróleo coprocessado com óleo vegetal para abastecimento de ônibus e geradores durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), de 10 e 21 de novembro, em Belém (PA).

O acordo firmado com a Organização de Estados Ibero-Americanos (OEI) prevê o uso de diesel S10 com 10% de conteúdo renovável na frota de ônibus dedicada e nos geradores de energia elétrica do evento emdash; vencendo uma disputa com o setor de biodiesel.

Em agosto, produtores de biodiesel entregaram ao Enviado Especial para a Agricultura, Roberto Rodrigues, uma proposta para viabilizar o uso de 100% do combustível renovável (B100) em geradores estacionários e B25 (diesel com 25% de biodiesel) na frota de transporte coletivo durante a organização, realização e desmonte da cúpula climática.

A proposta não avançou segundo fontes consultadas pela eixos.

A disputa pelos olhares do mundo emdash; e pelo mercado de diesel emdash; entre a petroleira e os produtores de biocombustíveis é antiga.

Em 2020, em meio à pandemia de Covid-19 e inflação sobre combustíveis e alimentos, a Petrobras recorreu à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para tentar especificar o coprocessado como biodiesel e diesel verde (HVO).

As duas tentativas falharam e o debate ganhou novo corpo no Congresso Nacional, com a lei do Combustível do Futuro, quando a petroleira buscou garantir a inserção do seu produto no mandato do diesel verde, também sem sucesso.

A inserção do coprocessado na COP30 é a conquista de uma vitrine, mas a estatal não desistiu de um mandato.

Há duas semanas, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que a companhia pretende retomar, em 2026, a discussão junto ao governo e Congresso sobre uma política pública para o seu diesel patenteado no início da década como HBIO.

eldquo;Conseguimos hoje oferecer um diesel com 10% de conteúdo vegetal tão estável e perfeito que a única forma de detectar a diferença é com um teste de carbono 14, capaz de distinguir o carbono antigo do carbono novoerdquo;, comentou durante evento da Confederação Nacional dos Transportes (CNT) em outubro.

eldquo;Este coprocessado não tem mandato porque o Combustível do Futuro excetuou esse diesel. Eu não acho isso razoável e não é justo. Nós vamos tratar disso no início do anoerdquo;, completou Chambriard.

Fonte/Veículo: Eixos

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