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A Cosan terá de sentar à mesa com o Itaú Unibanco para reestruturar a dívida líquida da Raízen, que está perto de R$ 50 bilhões e é o maior problema dentro do grupo. Uma reestruturação pode se desdobrar para uma renegociação pela via extrajudicial ou judicial, de acordo com interlocutores ouvidos pela Coluna. Mas para chegar a uma solução para o endividamento da Raízen, a companhia de Rubens Ometto possivelmente terá de destravar uma participação indireta do Itaú Unibanco na empresa e em uma holding do grupo, a Cosan Nove Participações.
A Coluna apurou que o contrato fechado entre Cosan e Itaú tem cláusulas de opção de saída do banco da participação com variados gatilhos, entre os quais uma reestruturação da dívida da Raízen. Isso implicaria em uma devolução ao Itaú pela Cosan de cerca de R$ 2 bilhões.
A Cosan Nove foi criada em 2022, como um veículo de participação por meio do qual o grupo de Ometto detém 39% da Raízen. Ao emprestar R$ 4,115 bilhões para a Cosan naquele ano, o Itaú Unibanco se tornou acionista, com participação de 27% na Cosan Nove Participações. Ao mesmo tempo, passou a ter uma participação indireta de 10,5% na Raízen.
Em abril deste ano, a Cosan resgatou ações pertencentes ao banco com valor equivalente a R$ 2,17 bilhões, havendo ainda um saldo de cerca de R$ 2 bilhões. Os recursos foram tomados pela Cosan junto ao banco para compor o montante que utilizou na aquisição de uma fatia de 4,9% no capital da Vale no fim de 2022.
A criação da Cosan Nove envolveu também um acordo de acionistas entre Cosan e Itaú, estabelecendo regras de governança específicas para essa holding. O acordo previa o pagamento dos juros sobre o empréstimo com dividendos da Raízen, além do direito de opção (put option) contra a Cosan para o Itaú sair da Cosan Nove e de Raízen.
Ações da joint venture derreteram
A Raízen, uma joint venture de partes iguais entre a Cosan e Shell, foi firmada em 2011, chegando à bolsa após 10 anos, em agosto de 2021, valendo R$ 76 bilhões. Hoje, a companhia vale em bolsa R$ 1,25 bilhão. Suas ações derreteram e já são cotadas abaixo de R$ 1,00.
Na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), levantou R$ 6,9 bilhões para seu caixa. A aposta dos investidores à época foi no processo de transição energética, especialmente o etanol de segunda geração (E2G), feito a partir da palha e do bagaço da cana. No prospecto da oferta, a empresa informou que 80% dos recursos levantados seriam destinados à construção de novas plantas para a expansão da produção de produtos renováveis e capacidade de comercialização.
No entanto, desde o ano passado o grupo Cosan vem trabalhando em opções para desalavancagem da companhia, onde a relação da dívida, de R$ 49 bilhões, com seu resultado operacional, estava em 4,5 vezes no primeiro trimestre. As opções postas à mesa para injetar capital na Raízen passam desde a entrada de um novo sócio, à venda de usinas e de suas operações na Argentina.
No país vizinho, a Raízen é dona da refinaria Dock Sud - com capacidade de processamento de 100 mil barris diários -, uma rede de mais de mil postos de combustível, uma planta de lubrificantes, três terminais terrestres, duas bases de abastecimento em aeroportos e ativos de gás liquefeito de petróleo (GLP). A Raízen adquiriu os negócios no país da Shell em 2018. Na época, a refinaria, a segunda maior da Argentina, foi avaliada em US$ 1 bilhão.
Grupo fará capitalização de R$ 10 bi
A própria Cosan vem fazendo o mesmo exercício de desalavancagem, o que além de uma solução para Raízen, envolve uma capitalização de R$ 10 bilhões, na qual R$ 7,5 bilhões estão sendo suportados pelo BTG Pactual, pela gestora Perfin e pelos family offices Aguassanta Investimentos e Queluz Holdings Limited, ambos controlados por Rubens Ometto. Os recursos adicionais serão levantados por meio de uma oferta subsequente em bolsa, com precificação prevista para a próxima segunda-feira, 3.
Procurados, Cosan e Itaú não comentaram.
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
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