ICL diz que liberação de refinaria da Refit acende alerta para riscos
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Após meses de afastamento econômico e político entre Brasil e EUA, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump se reuniram ontem pela primeira vez, na Malásia. Ambos se declararam otimistas sobre uma reversão do quadro, informa o enviado especial Felipe Frazão. Após o encontro, Lula afirmou que a busca de soluções para as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam eldquo;imediatamenteerdquo;. Trump não tomou decisão imediata, mas afirmou que os EUA estão abertos a eldquo;avançar rápidoerdquo;. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, lembrou divergências com o Brasil sobre eldquo;como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital dos EUAerdquo;, mas também adotou tom positivo. O Brasil se propôs a mediar a crise envolvendo a Venezuela endash; os EUA têm afundado barcos que relaciona ao narcotráfico. Antes da reunião, Trump foi questionado por um jornalista se a negociação incluiria o julgamento de Jair Bolsonaro. O americano respondeu eldquo;não é da sua contaerdquo;.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente americano Donald Trump mostraram otimismo sobre um avanço na negociação comercial entre os dois países. Eles se reuniram na tarde de ontem, na Malásia (madrugada no horário do Brasil). Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que a busca de soluções para as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros e a revisão de sanções a autoridades começam eldquo;imediatamenteerdquo;. Trump não tomou uma decisão no encontro, mas disse que os EUA estão abertos a eldquo;avançar rápido na discussãoerdquo;.
eldquo;Discutimos de forma franca e construtiva a agenda comercial e econômica bilateralerdquo;, relatou Lula. eldquo;Acertamos que nossas equipes vão se reunir imediatamente para avançar na busca de soluções para as tarifas e as sanções contra as autoridades brasileiras.erdquo;
Trump disse que estavam abertos a eldquo;avançar rápidoerdquo; na discussão sobre o tarifaço, mas desconversou quando questionado sobre quais eram as condições que o fariam reduzir as tarifas ao Brasil. eldquo;Vamos discutir por um tempo e provavelmente chegaremos a uma conclusão muito rapidamenteerdquo;, falou.
Logo após o encontro, o ministro das relações exteriores, Mauro Vieira, avaliou que o encontro entre o presidente Lula e o presidente Donald Trump foi positivo. Ele disse que uma nova reunião ministerial entre os dois governos seria realizada ainda ontem à noite. Segundo o chanceler, o Brasil busca a suspensão do tarifaço durante o período de negociações. A pausa seria semelhante à concedida a outros países, como a China.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que um acerto levará ainda algum tempo de negociação. eldquo;Acreditamos que, no longo prazo, é benéfico para o Brasil nos tornar seu parceiro comercial preferencial em vez da China endash; por causa da geografia, por causa da cultura, por causa de um alinhamento em muitos aspectoserdquo;, disse Rubio.
eldquo;Obviamente, temos alguns problemas com o Brasil, particularmente em relação a como alguns de seus juízes têm tratado o setor digital dos Estados Unidos, afetando pessoas localizadas em nosso país por meio de postagens em redes sociais. Teremos que lidar com isso também. Isso acabou se misturando a toda essa questão. Mas o presidente vai explorar se há maneiras de superar tudo isso, porque acreditamos que seria benéfico. Vai levar algum tempoerdquo;, afirmou o chefe da diplomacia dos EUA.
Além da taxação, outros temas foram colocados na mesa pelo presidente brasileiro. Lula se ofereceu para intermediar as questões com a Vene z u e l a , d e f e ndeu q u e a América do Sul é zona de paz, e fez comentários sobre o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para afirmar que não há motivo para sanções a autoridades brasileiras.
Durante fórum de empresários de Brasil e Malásia, o presidente a f i r mou que e l e e Trump conseguiram o que parecia eldquo;impossívelerdquo;.
eldquo;O presidente Trump teve que viajar 22 horas dos EUA para Malásia, e eu viajar 22 horas para Malásia. Nós conseguimos fazer uma reunião que parecia impossível nos EUA e no Brasil, aqui na Malásiaerdquo;.
ENCONTRO. Os dois mandatários conversaram com jornalistas antes de se reunirem. Aparentemente desconfortável com a situação, o petista pediu que a imprensa fosse retirada da sala, para que não perdessem tempo de negociação. Trump concordou.
eldquo;A imprensa vai ter boas notícias assim que acabar a reunião. Antes, são só suposiçõeserdquo;, disse Lula. eldquo;O Brasil
eldquo;Quando dois presidentes sentam na mesa e cada um coloca os seus problemas, a tendência natural é que se encaminhe para um acordo. Antes de vir, eu disse que estava muito otimista com a possibilidade para avançarmos para ter uma relação mais civilizada com os Estados Unidoserdquo;
Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República
tem interesse em ter uma relação extraordinária com os EUA, como temos há 201 anos. Não há nenhuma razão para desavença entre Brasil e EUA. Quando dois presidentes sentam na mesa e cada um coloca os seus problemas, a tendência natural é que se encaminhe para um acordo. Antes de vir, eu disse que estava muito otimista com a possibilidade para avançarmos para ter uma relação mais civilizada com os Estados Unidos.erdquo;
Em princípio, participariam da reunião apenas Lula e Trump e assessores diretos, além de intérpretes. Na sala 410, Trump estava acompanhado de Marco Rubio (secretário de Estado), Scott Bessent (secretário do Tesouro) e Jamieson Greer (USTR). Com Lula, participaram o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), o embaixador Audo Faleiro (Assessoria Especial) e o secretário executivo Márcio Elias Rosa (MDIC).
CHINA. Lula também comentou sobre as relações do Brasil com outros países e pregou o não alinhamento a nenhuma potência. eldquo;Não queremos uma disputa que nos obrigue a escolher entre ficar do lado da China ou dos EUA. Queremos ficar ao lado da China, dos EUA, da Malásia, e de todos os paíseserdquo;, afirmou.
O Estadão questionou se Trump estava preocupado com a relação privilegiada do Brasil com a China, principal parceiro comercial do País e rival dos EUA. Trump disse apenas que deve se reunir como país asiático nos próximos dias.
eldquo;Acho que teremos um acordo com a China. Vou me reunir com o presidente Xi na Coreia do Sul. Eles querem fazer um acordo e nós queremos fazer um acordo. Vamos nos encontrar depois na China e nos EUA, em Washington ou Mar-a-Lago. Tivemos muitas conversas antes de nos reunir, tivemos conversas com o Brasil. Acho que terminaremos com um bom acordo para os dois países, com a China isso vai acontecer. As pessoas parecem estar muito interessadas na China, acho que teremos uma reunião muito justa com a China.erdquo;
Antes da reunião, Trump chegou a dizer que poderia baixar o tarifaço de 50% sobre a pauta de exportações brasileira, sob certas condições. Lula disse que um acordo amplo talvez não fosse atingido agora.
A declaração reflete uma preocupação de fundo com a influência chinesa na América Latina. Se Trump decidir apelar e pedir um afastamento de projetos da China, deverá ouvir de Lula um sonoro eldquo;no wayerdquo;, segundo um estrategista do governo brasileiro.
Essa pressão já foi feita pelos Estados Unidos com a Argentina, para um socorro financeiro ao governo Javier Milei, e sobre o Panamá, com a ameaça de retomar o controle do canal. Mas a diplomacia aposta que a não adesão brasileira à Nova Rota da Seda endash; programa chinês lançado em 2013 com o objetivo de investir em infraestrutura em outros países como forma de aumentar a influência de Pequim em todo o mundo endash; pode ser um atenuante. ebull;
Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo
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