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A semana começa com a Petrobras de respiração presa neste início de semana: a estatal espera que entre hoje e amanhã o Ibama dê a licença ambiental para a perfuração de um poço exploratório na Margem Equatorial para investigar a existência de petróleo.

Essa é a decisão mais polêmica do governo Lula na área ambiental. Com defensores entusiasmados e com críticos mais inflamados ainda.

Terça-feira é o prazo-limite do contrato de aluguel da sonda de perfuração da Petrobras que está estacionada na Foz do Amazonas, na Margem Equatorial. Ou seja, a empresa precisa iniciar a perfuração já para evitar a retirada do equipamento e, consequentemente, não correr o risco de iniciar um novo processo de licenciamento.

Na semana passada, Magda Chambriard foi para cima do Ibama publicamente num tom que revela o tamanho da apreensão da Petrobras:

emdash; Se a gente não começar a perfurar até o dia 21, essa sonda pode ser retirada da locação. E, se isso ocorrer e for substituída por outra sonda no futuro, o processo de licenciamento começa tudo de novo.

O custo estimado pela Petrobras para furar esse primeiro poço na Foz do Amazonas é de R$ 842 milhões. Somente com o aluguel da sonda de perfuração foram gastos R$ 543 milhões (R$ 4 milhões por dia)

A Petrobras espera assinar um acordo com o Ibama até amanhã. Mas na estatal não há certeza se isso de fato acontecerá. Se o fizer será o fim da maior polêmica ambiental que ronda o governo Lula desde o seu início.

Se a autorização fora dada mesmo será uma derrota de Marina Silva, que não queria exploração de petróleo na região. Lula, no entanto, nunca escondeu que era o que ele queria.

Simbolicamente não poderia ser um momento menos propício: faltam somente 20 dias para o início da COP30.

(Lauro Jardim)

Fonte/Veículo: O Globo

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