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O total de famílias endividadas no Brasil atingiu recorde em setembro, e o número de inadimplentes também teve novo patamar, segundo dados divulgados ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O total de famílias brasileiras com dívidas a vencer chegou a 79,3% em setembro, o terceiro aumento consecutivo, enquanto a fatia de famílias com contas em atraso alcançou a marca histórica de 30% no mês passado, mostrou a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer em cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal e prestação de carro e de casa.

Segundo a CNC, o aumento no endividamento em setembro foi provocado pela maior contratação de dívidas entre consumidores de renda média e baixa.

POR FAIXA DE RENDA. Entre os mais pobres, o endividamento superou 80% pela primeira vez na pesquisa. A proporção de endividados entre os consumidores com renda familiar inferior a 10 salários mínimos mensais aumentou 0,4% em setembro ante agosto, atingindo 80,3%, o maior patamar da série histórica da Peic, iniciada pela CNC em janeiro de 2010.

No grupo de famílias com maior renda, a proporção de endividados ficou estável no porcentual de 75,9%.

INADIMPLÊNCIA EM ALTA.

Quanto à inadimplência (quando as contas já estão vencidas), o volume de consumidores com pagamento de dívidas em atraso cresceu pelo terceiro mês consecutivo, conforme o levantamento da CNC.

Em setembro, 10,7% das famílias relataram que não terão condições de pagar as contas atrasadas, ou seja, permanecerão inadimplentes. ebull;

Consumidores diversificam dívidas em busca de alívio
Em seu levantamento sobre as dívidas das famílias brasileiras, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) observa que as taxas de juros nas linhas de crédito para pessoas físicas cresceram 13,5 pontos porcentuais em um ano, de acordo com os dados do Banco Central, chegando à média de 53,9%, a maior taxa desde abril de 2018.

Em setembro, 85,6% dos endividados tinham contas a vencer no cartão de crédito, alta de 1 ponto porcentual em um ano nessa modalidade. Houve aumento nas dívidas nos carnês de loja (com 19,4% de menções e aumento de 0,6 ponto porcentual em um ano) e no cheque especial (5,2% de menções e crescimento de 0,6 ponto porcentual em um ano). A CNC diz que o volume de endividados nos carnês de loja cresce desde maio deste ano. No recorte por faixa de renda, a proporção de endividados nos carnês entre os mais pobres atingiu o maior nível desde fevereiro, 20,1%.

NOVA DINÂMICA. eldquo;Isso revela que estes consumidores estão na dinâmica de diversificação do endividamento e buscando alternativas de créditoerdquo;, explicou Izis Ferreira, responsável pelo levantamento da CNC, em nota oficial. eldquo;Quando se olha o filme dos últimos cinco anos, o avanço do crédito operado pelo varejo tem resultado no maior volume de endividados de forma geral no Brasilerdquo;, afirmou.

A economista chamou a atenção para o impacto em particular na faixa dos mais pobres, em que o endividamento superou 80% pela primeira vez na pesquisa. eldquo;Embora os atrasos tenham crescido no mês e no ano entre os consumidores nas duas faixas de renda (também na dos mais ricos), as dificuldades de pagamento de todos os compromissos do mês são mais latentes entre as famílias de menor rendaerdquo;, avaliou Izis Ferreira.

Segundo a economista, os consumidores enfrentam eldquo;desafios na gestão de seus orçamentos mensais, especialmente porque o nível de endividamento está elevado e os juros maiores pioram as despesas com as dívidaserdquo;. ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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