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A Supergasbras, uma das quatro maiores distribuidoras de GLP do País, com 21% do mercado, estuda trazer para o Brasil a experiência europeia de seu controlador, o grupo holandês SHV Energy, na comercialização de bioGL, a versão renovável do GLP, informou ao Estadão/Broadcast o presidente da companhia, Júlio Cardoso. O executivo é um dos grandes entusiastas do programa Gás do Povo e totalmente contrário a mudanças na regulamentação do setor, que considera eldquo;excelenteerdquo;.
eldquo;A gente já comercializa bioGL na Europa pelo grupo SHV. Lá a gente já tirou o P (de petróleo) e estamos conversando com eles para trazer o produto para cá. A gente já tem oportunidades de ter esse produto no Brasil e está trabalhando no desenvolvimento de bioGL aqui tambémerdquo;, disse Cardoso. Por questão de confidencialidade, o executivo não pode divulgar o nome dos parceiros, mas prevê para o ano que vem o início da comercialização do bioGL no País.
Para acelerar o projeto, a Supergasbras firmou parcerias com seis universidades federais brasileiras, duas no Rio (UFF e UFRJ), além de Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia. As fontes pesquisadas vão da cana-de-açúcar e milho até resíduos, principalmente o plástico descartado. eldquo;A gente está trabalhando de várias formas, atuando em várias frentes. Podemos importar, mas ano que vem já tem bioGL sendo produzido no mercado brasileiroerdquo;, disse Cardoso, destacando que o produto renovável é igual ao GLP e não exigirá substituição de equipamentos.
Segurança
Cardoso participou nesta quinta-feira, 25, de painel sobre segurança na Liquid Gas Week, feira internacional do setor de GLP. Considerado um dos mercados mais desenvolvidos do mundo nesse segmento, o Brasil serve de exemplo para outros países, mas, na avaliação do executivo, corre o risco de perder esse status se houver mudanças nas regras da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A agência analisa, no momento, propostas como o fracionamento dos botijões e a quebra da exclusividade das marcas. Se aprovadas, o consumidor poderia comprar volumes menores que o botijão de 13 quilos e trocar de fornecedor com o mesmo vasilhame, que não teria mais marca como atualmente.
eldquo;A regulação atual do GLP no Brasil é um exemplo, é excelente, sempre pode ter uma oportunidade de reajuste pequeno, mas a essência da legislação brasileira, que é a responsabilidade do cilindro ser das distribuidoras, manutenção, requalificação, sucateamento e reposição isso é um presente para o consumidor brasileiroerdquo;, avaliou. eldquo;Mas é importante que ele (GLP) seja seguro. A gente é obrigado a requalificar o botijão a cada dez anos, a gente investe nisso", explicou. erdquo;Hoje em dia não temos enchimento ilegal (de botijões) porque temos a regulação adequada.erdquo;
De acordo com Cardoso, se a regulação for alterada, investimentos provavelmente deixarão de ser feitos no setor, inclusive pela própria Supergasbras, que poderá suspender projetos como o terminal de GLP de R$ 1,5 bilhão no Porto de Pecém, no Ceará, cujas obras começam em 2026, para importação do combustível. eldquo;Se a legislação mudar, dificilmente virão investimentos para cá. A gente está com o investimento no Pecém andando, ele está indo, mas ele é reversível, ainda é reversívelerdquo;, explicou.
Além disso, outro investimento que pode ficar pelo caminho, caso a regulamentação atual seja alterada, é a compra de mais 2 milhões de botijões de 13 quilos emdash; que se somam aos 23 milhões atuais emdash; para atender o programa Gás do Povo, lançado pelo governo, um gasto de cerca de R$ 500 milhões, quase o mesmo valor que a empresa investe anualmente no País (R$ 400 milhões). eldquo;Estamos aguardando para ter certeza da regulação (antes de comprar os novos botijões)erdquo;, disse Cardoso.
O executivo elogia o programa do governo que substituiu o vale-gás, eldquo;usado para comprar qualquer coisaerdquo;, e que deve aumentar a demanda pelo GLP entre 5% e 8%, segundo o sindicato do setor (Sindigás). Ele afirma que, assim como a regulamentação brasileira, o programa tem vocação para ser copiado no mundo inteiro. De acordo com declaração do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, feita esta semana no evento, mais de 60 países em desenvolvimento já procuraram o governo para conhecer o Gás do Povo.
eldquo;Acho que é uma evolução incrível. É o maior programa de clean cooking (cozinha limpa) do mundo. Todos os países, todas as empresas estão tentando trabalhar a substituição da lenha. A gente apoia esse movimento do ponto de vista ambiental, do ponto de vista da segurança do consumidor e também obviamente a questão social, acho que o governo está fazendo o certoerdquo;, avaliou.
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
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