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Os contratos futuros de petróleo fecharam com fortes altas hoje, em uma sessão marcada pelas indicações de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) deverá realizar cortes na produção em sua reunião desta semana. Uma série de veículos de imprensa noticiou que o grupo planeja na quarta-feira reduzir em mais de 1 milhão de barris por dia sua cota de produção para novembro, buscando dar impulso aos preços da commodity. Caso concretizado, o corte seria o maior desde o começo da pandemia.

O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 4,95% (US$ 4,14), a US$ 83,63 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 4,19% (US$ 3,72), a US$ 88,86 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Na visão do Goldman Sachs, o corte da Opep+ ocorreria em meio a um dos mercados de petróleo mais apertados da história registrada, e à frente de um potencial declínio nas exportações russas no final deste ano. Para o banco, tal decisão pode ser justificada pelo recente declínio nos preços, abaixo de 40% desde o pico de junho, com preocupações com o crescimento global. O colapso da participação dos investidores, impulsionando a liquidez e preços mais baixos, também é um forte catalisador para tal corte, avalia. O movimento reforçaria a visão de alta nos preços do petróleo, aponta o Goldman Sachs, que vê a possibilidade de um corte limitar as desvantagens para a cotação da commodity causada por um potencial menor crescimento econômico.

Para Edward Moua, analista da Oanda, apesar de tudo o que está acontecendo com a guerra na Ucrânia, a Opep+ nunca foi tão forte e fará o que for preciso para garantir que os preços sejam suportados. Por outro lado, tanto os líderes americanos quanto os europeus não ficarão satisfeitos com esta ação, lembra.

Enquanto isso, de acordo com a Bloomberg, a União Europeia (UE) espera chegar a um acordo preliminar sobre um novo pacote de sanções contra a Rússia, pela recente escalada da guerra na Ucrânia e anexação ilegal de quatro territórios ocupados no país, afirmou hoje o embaixador da Polônia para a UE, Andrzej Sados. Segundo o embaixador, o acordo provavelmente incluirá apoio político para a imposição de um teto ao preço do petróleo russo.

Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo

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