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Os preços do etanol e os da gasolina permanecem em queda na média nacional. Com isso, o país entrou na 22ª semana de baixa consecutiva para o renovável e na 14ª redução seguida para o combustível fóssil.

Entre 25 de setembro e 1º de outubro, o biocombustível passou de R$ 3,41 por litro para R$ 3,37/L, queda de 1,2%. Já a gasolina foi de R$ 4,88/L para R$ 4,81/L, uma diminuição de 1,4%.

Os valores voltaram a ser divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) após uma semana em que os dados não haviam sido trazidos pela entidade. Além disso, neste período, foram divulgados números apenas das capitais brasileiras.

De acordo com a ANP, a relação entre o preço do biocombustível e o de seu concorrente fóssil nos postos foi de 70,1%, acima da relação de uma semana antes, que foi de 69,9%, e superior ao limite da faixa considerada economicamente vantajosa para os consumidores.

Nas médias estaduais, por sua vez, o renovável se manteve competitivo em Cuiabá (MT), em São Paulo (SP), em Goiânia (GO) e em João Pessoa (PB).

Nas usinas paulistas, o etanol hidratado saiu de R$ 2,4022/L para R$ 2,4999/L. O aumento foi de 4,1%, conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq-USP. Da mesma forma, houve um incremento de 2,1% nas produtoras goianas e de 0,5% nas mato-grossenses.

Variações nas capitais

Após uma semana sem divulgar os dados estaduais dos preços dos combustíveis, a ANP voltou a apresentar alguns números, porém, foram contempladas somente as 26 capitais brasileiras. Com isso, a base de comparação fica comprometida.

Portanto, as variações abaixo correspondem à comparação entre o período de 11 a 17 de setembro, com levantamento em 400 cidades, e o intervalo de 25 de setembro a 2 de outubro, com as 26 capitais.

Segundo a ANP, de 25 de setembro a 1º de outubro, os preços do etanol caíram em 21 estados e no Distrito Federal, subiram em três, ficaram estáveis em um e não foram divulgados em Macapá (AP). Já os da gasolina tiveram redução em 24 estados e também não foi apresentado o valor em Macapá (AP).

Em São Paulo (SP), o biocombustível teve um decréscimo de 1,2%, custando R$ 3,21/L em média. Já a gasolina foi vendida a R$ 4,7/L, redução de 2,7%. Com isso, a relação entre os preços ficou em 68,3%, economicamente favorável ao renovável.

Já em Goiânia (GO), o etanol foi comercializado a R$ 3,33/L na média, alta de 3,1% no período analisado; enquanto isso, a gasolina subiu 2,9%, para R$ 4,93/L. Assim, a relação entre os preços dos combustíveis ficou em 67,5%, favorável ao biocombustível.

Por sua vez, Belo Horizonte (MG) registrou um decréscimo de 2,1% no preço médio do etanol, que foi comercializado a R$ 3,35/L. A gasolina passou por uma retração de 4,5%, para R$ 4,71/L, em média. Desta forma , o renovável custou o equivalente a 71,1% do preço do combustível fóssil, com o etanol ainda sem competitividade.

Em Cuiabá (MT), o preço médio do etanol teve uma retração de 6,1%, indo para R$ 2,81/L, menor valor entre todas as unidades da federação e o único abaixo de R$ 3/L. No período, a gasolina teve uma redução de 3,2%, passando a custar R$ 4,79/L. Com isso, a relação entre os preços ficou em 58,7%, com o etanol se mantendo economicamente vantajoso ao consumidor. Esta também é a menor relação entre os preços dos combustíveis dentre todas as capitais.

Já em Campo Grande (MS), o etanol caiu 9,4%, ficando em R$ 3,36/L. A gasolina, por sua vez, teve uma baixa de 2,9%, para R$ 4,66/L. Assim, o biocombustível custou o equivalente a 72,1% do preço de seu concorrente fóssil, na mais alta relação dentre as capitais dos seis principais estados produtores de etanol do país.

Por fim, em Curitiba (PR), o biocombustível custou o equivalente a 78,3% do preço da gasolina. No período, o renovável teve um aumento de 7,4%, sendo vendido por R$ 3,9/L na média estadual, o valor mais alto entre os maiores produtores do biocombustível. Já a gasolina se manteve em R$ 4,98/L.

Os preços do etanol e da gasolina por região, estado ou cidade desde 2018 estão disponíveis na planilha interativa (exclusiva para assinantes). Também estão disponíveis gráficos avançados e filtros interativos sobre o comportamento dos preços.

Ausência de dados

Na semana anterior, os dados estaduais de preços dos combustíveis não foram divulgados pela ANP e, portanto, não puderam ser comparados. Isso ocorreu, conforme a agência, por conta do fim do contrato com a empresa que realizava o levantamento de preços de combustíveis, em 13 de setembro.

O contrato de um ano com a empresa Análise e Síntese Pesquisa e Marketing terminou sem que fosse cumprido o número de cidades total acordado inicialmente: 459. O valor seria atingido após oito etapas, divididas ao longo dos meses, já que a contratação previa uma expansão gradual das amostras.

Nesta semana, a agência divulgou números apenas das capitais brasileiras. Não fica claro se a análise já corresponde ao levantamento feito a partir da nova empresa contratada pela ANP para realização das pesquisas. Entretanto, a agência divulgou previamente que a vigência do contrato começaria em 26 de setembro.

Sem o número integral de cidades, o valor de municípios varia a cada período, dificultando a comparação semana a semana.

Fonte/Veículo: Novacana

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