Petrobras acelera encomendas em refino ao maior nível desde Lava Jato
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A cinco dias da eleição presidencial, a Agência Nacional de Petróleo, Biocombustíveis e Gás Natural (ANP) não divulgou o preço médio semanal do gás de cozinha (GLP), insumo amplamente consumido pelas camadas mais pobres da população. A ANP atribui a falta de informações à troca da empresa terceirizada responsável pelo levantamento.
Não há, portanto, informações sobre como variou o preço do botijão de gás de 13 quilos ao consumidor, mesmo após a Petrobras ter baixado os preços do insumo em suas refinarias duas vezes em setembro. O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem usado de forma recorrente na campanha a queda no preço dos combustíveis.
Valor do botijão teve leve alta nas últimas três semanas
Do ponto de vista político, não resta claro se a falta de informações é boa ou ruim para Bolsonaro. Isso porque, nas últimas três semanas, o preço médio do botijão de gás de 13 quilos ao consumidor vinha experimentando leves altas, saltando da faixa de R$ 111, na qual estava estacionado desde meados de julho, para R$ 113,25 na semana encerrada em 17 de setembro. O aumento veio mesmo após a primeira redução anunciada para o produto pela Petrobras nas refinarias.
O pico histórico do preço do botijão aconteceu na última semana de março, quando chegou a R$ 113,63. Um valor acima desse patamar na divulgação da ANP poderia ser facilmente usado pelas campanhas adversárias de Bolsonaro.
Expectativa é de que preço final caia após reduções nas refinarias
Em nota, a ANP informou que a lacuna na divulgação, praxe das sextas-feiras, deve-se ao fim do contrato com a empresa terceirizada que fazia o levantamento, há dez dias. O novo contrato para o serviço, agora com Triad Research Consultoria e Pesquisa de Mercado Ltda., passa a valer somente em 26 de setembro. Nesse hiato de duas semanas, informou a ANP, foram divulgados dados cedidos gratuitamente pela Triad Research, mas somente sobre combustíveis automotivos (gasolina, diesel e GNV) e em nível nacional, sem desagregar por Estado e município, como de costume.
eldquo;Excepcionalmente neste período, não foram publicados preços de GLPerdquo;, diz a nota da ANP publicada no website da agência.
A expectativa de analistas é que o preço final do gás de cozinha caia em algum momento após reduções nas refinarias anunciadas pela Petrobras em 12 de setembro (-4,7%) e na quinta-feira passada (-6%). Os dois movimentos implicaram queda acumulada de 10,6% no preço do quilo do GLP, ou R$ 5,75 no preço do botijão de 13 quilos aos distribuidores, que passou a ser vendido pela Petrobras por R$ 49,19. Antes dessas reduções, o preço da Petrobras equivalia à metade do cobrado pelo varejo.
Na primeira semana de janeiro de 2019, quando Bolsonaro assumiu o governo, o gás de cozinha custava R$ 69,34 no varejo, segundo a ANP. Até 17 de setembro, quando chegou a R$ 113,25 portanto, acumulava alta de 63,3%. No mesmo período, nas refinarias da Petrobras, essa alta era de 109,3%, de acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
(Broadcast+)
Fonte/Veículo: O Estado de São Paulo
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