Preços dos combustíveis ficam estáveis na semana de 7 a 12 de setembro, mostra ANP
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E se a Petrobras (PETR4) realmente voltar ao mercado de etanol? Essa é a pergunta que movimenta analistas e investidores depois que a maior empresa de petróleo e gás da América Latina deixou claro seu interesse em reocupar espaço nesse setor. O JPMorgan já adianta, em relatório divulgado ao mercado na quinta-feira (11), que, embora muitos prefiram ver a companhia manter o foco em exploração e produção de petróleo, o movimento em direção ao etanol parece cada vez mais provável.
O etanol surge como a alternativa mais natural entre as opções de transição energética avaliadas pela Petrobras, como solar, eólica e hidrogênio. A aposta não é pequena. O plano de negócios da companhia para este ano até 2029 inclui um orçamento de US$ 2,2 bilhões para esse mercado, segundo cálculos do banco.
O JPMorgan diz que esse investimento reduziria modestamente o retorno do fluxo de caixa livre (FCF yield) e os dividendos em 2,7% e 1,2%, respectivamente. A alavancagem financeira, medida por dívida líquida sobre o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ND/Ebitda), passaria de 1,4 vez para 1,5 vez, sem ultrapassar o teto de US$ 75 bilhões em dívida bruta.
A visão dos analistas é tão pragmática que eles reconhecem que a maior parte do mercado prefere que a estatal não siga nessa direção, especialmente em um momento de preços mais baixos do petróleo, que já comprimem o caixa. Por outro lado, a entrada no etanol, dizem os estrategistas, não compromete a tese positiva sobre a companhia. Isso porque o orçamento é limitado, há governança de investimentos para proteger os acionistas e, se a entrada ocorrer ao preço certo, pode até gerar ganhos de retorno.
Apostas e consequências
Os números reforçam o potencial do setor. O JPMorgan estima que o retorno sobre capital investido (Roic) de uma nova planta de etanol gire em torno de 18% sem alavancagem, o que mantém a atratividade do negócio no longo prazo.
A análise lembra que, na última década, a fatia do etanol de milho subiu de quase zero para cerca de 22% da oferta nacional. Guilherme Nolasco, presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), projeta que a oferta de etanol de grãos pode dobrar até 2032, superando 16,6 bilhões de litros. Em uma visão mais otimista, esse volume poderia chegar a 23 bilhões de litros.
Empresas como Inpasa e FS Bioenergia estão entre as líderes desse segmento em expansão, afirma o banco. Do lado da cana-de-açúcar, a Cosan (CSAN3) busca um parceiro estratégico para a Raízen (RAIZ4), enquanto notícias que mencionavam interesse da Petrobras nessa companhia foram oficialmente negadas.
Caso a estatal avance de fato sobre o etanol de milho, os efeitos seriam sentidos por toda a cadeia. O JPMorgan avalia que haveria duas consequências principais.
A primeira seria um aumento do apoio governamental aos biocombustíveis, estimulando a demanda em regiões fora do eixo tradicional, como Norte, Nordeste e Centro-Oeste, e abrindo espaço para novos usos, como o combustível sustentável de aviação (SAF).
A segunda seria o fortalecimento de planos de investimento que expandem a oferta, criando mais competição para os produtores de etanol de cana.
Segundo cálculos dos analistas, o Brasil já produz cerca de 36 bilhões de litros de etanol por ano, o que abastece quase metade da frota de veículos leves do país. Mais de 75% dos carros são flex e podem rodar tanto com gasolina quanto com etanol hidratado.
Há ainda o etanol anidro, misturado obrigatoriamente à gasolina em percentual que passou de 27,5% para 30% neste ano. Essa peculiaridade coloca o país em boa posição e reforça o argumento da CEO da Petrobras, Magda Chambriard, de que o etanol é o verdadeiro concorrente da gasolina.
Se a Petrobras avançar, a aposta será em larga escala. A companhia tem dito que não faz sentido dispersar recursos em projetos pequenos, e o relatório do JPMorgan reforça essa leitura: trata-se de uma escolha que pode reposicionar a empresa no coração do agronegócio brasileiro. A dúvida que fica para o mercado é se esse retorno ao etanol será apenas mais uma iniciativa dentro da pauta de transição energética ou se se tornará um novo braço de peso para a estatal.
Fonte/Veículo: InfoMoney
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