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A expansão da indústria de biocombustíveis no Brasil deve movimentar R$ 110 bilhões ao longo da década, projeta o Caderno de Oferta de Biocombustíveis do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) 2035, publicado nesta segunda (8/9).

A projeção de investimentos considera novas biorrefinarias, modernização de usinas e diversificação de matérias-primas.

Elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o estudo calcula que a oferta de etanol deve crescer cerca de 30% na próxima década, alcançando 51 bilhões de litros em 2035.

O etanol de milho, responsável por 20% da produção em 2024, ganhará protagonismo e deverá responder por mais de 30% da oferta total em 2035.

Já a demanda de etanol combustível atinge 48,2 bilhões de litros no horizonte decenal.

O estudo também projeta um potencial técnico de geração de 5,9 GW médios de bioeletricidade proveniente do bagaço da cana no final do período, além de 6,4 bilhões de Nm³ de biometano derivados de resíduos da cana (vinhaça, torta de filtro, palhas e pontas), equivalente a cerca de 10% do consumo nacional de gás natural em 2024.

A partir de 2026, o biometano passa a ser obrigatório como vetor de descarbonização do mercado brasileiro de gás natural, para cumprir a lei do Combustível do Futuro.

Novos horizontes para biodiesel

No mercado de biodiesel, cuja demanda está atrelada ao mercado de diesel e o mandato de mistura, o PDE espera que o consumo alcance 12,4 bilhões de litros em 2035, considerando a mistura obrigatória de 15% (B15) em vigor.

Esse volume pode ser facilmente atendido pela capacidade instalada prevista para o horizonte, de 16,2 bilhões de litros, com o óleo de soja se mantendo como principal matéria-prima.

Parte deste excedente poderia ser absorvido pelo transporte aquaviário. A EPE aponta que, com o abastecimento de navios, a demanda do biocombustível pode chegar a 13,9 bilhões de litros em 2035.

Já na aviação, os projetos anunciados de combustíveis sustentáveis (SAF, em inglês) deverão ofertar 1,7 bilhão de litros por ano em 2030, chegando a 2,8 bilhões em 2035.

Essa produção será suficiente para atender, em média, 66% das metas de redução de emissões estabelecidas pelo Corsia e Combustível do Futuro no período decenal.

Fonte/Veículo: Eixos

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