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Trabalhadores da fábrica da Mercedes-Benz em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, entraram em greve após o anúncio de 3,6 mil demissões anunciadas pela direção da montadora. A reestruturação vai afetar 2,2 mil trabalhadores diretos e 1,4 mil temporários. A empresa tem cerca de 10,4 mil trabalhadores nessa unidade.

Em assembleia, na tarde desta quinta-feira (8), a produção foi paralisada e deve retornar na segunda-feira. Segundo o sindicato, haverá reunião na terça-feira (13), com a empresa, para iniciar negociações. Em nota, a Mercedes-Benz destacou que eldquo;as discussões que impactam diretamente nossos colaboradores serão objeto de ampla negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABCerdquo;.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Moisés Selérges, disse, durante a assembleia, que a paralisação é um protesto e que pretende mostrar à direção eldquo;como se negociaerdquo;, segundo reportagem divulgada no site da entidade.

eldquo;Precisamos mostrar que um processo de negociação se faz em torno de uma mesa. Muitas vezes, em um processo de negociação não vai prevalecer tudo que o sindicato quer, mas também não vai prevalecer tudo o que a empresa quererdquo;, diz o texto.

Aroaldo Oliveira da Silva, diretor executivo do sindicato, lembrou que a entidade já vinha discutindo com a direção da fábrica temas como a situação do mercado de caminhões, a necessidade de reestruturação de áreas, a falta de peças e de semicondutores.

Reestruturação
As mudanças na fábrica da Mercedes-Benz envolvem a terceirização de parte da produção. Segundo a empresa, a decisão é focar na fabricação de eldquo;caminhões e chassis de ônibus e no desenvolvimento de tecnologias e serviços do futuroerdquo;.

eldquo;Vamos deixar de produzir internamente alguns componentes e deixar de exercer atividades que podem ser realizadas por outras empresas parceiras, tais como: logística, manutenção, fabricação e montagem de eixos dianteiro e transmissão média, ferramentaria e laboratórios, até então realizadas na fábrica de São Bernardo do Campo (SP) e que passarão a ser exercidas por empresas contratadaserdquo;erdquo;, diz a nota.

A montadora destaca ainda que a preferência é pela contratação de empresas eldquo;na região do Grande ABC, em compromisso com a nossa comunidade localerdquo;. A empresa diz ainda que a cadeia de novos fornecedores deve gerar grande volume de negócios.

A Mercedes-Benz está instalada no Brasil há mais de 65 anos.

Fonte/Veículo: Agência Brasil 

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