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A Raízen (RAIZ4) registrou prejuízo líquido de R$1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, após registrar lucro de R$1,1 bilhão no mesmo período da safra anterior (2024/25), com impacto de deterioração no desempenho operacional do período.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado da companhia caiu 23,4% nos primeiros três meses da safra 2025/26 em relação à mesma etapa do ano safra anterior, totalizando R$1,9 bilhão, abaixo da expectativa média de analistas de R$2,16 bilhões, segundo pesquisa da LSEG.

Analistas também esperavam um prejuízo menor, de R$884,7 milhões, de acordo com média das estimativas reunidas pela LSEG.

A empresa destacou ainda que a base de comparação do primeiro trimestre da safra 2024/25 contemplou o reconhecimento de R$1,8 bilhão em créditos tributários.

Na parte operacional, a Raízen atribuiu a redução na performance ao desempenho inferior no segmento de distribuição de combustíveis na Argentina, eldquo;pontualmente impactado pela parada para manutenção da refinaria, mais extensa que o previsto, e por efeitos negativos de inventárioerdquo;.

Segundo a companhia, esses efeitos foram parcialmente compensados pelo melhor desempenho no segmento de distribuição de combustíveis no Brasil e pelos ganhos de eficiência obtidos com a revisão das estruturas organizacionais e gestão de gastos da Raízen, que levaram à queda de quase 20% nas despesas gerais e administrativas, desconsiderando provisão não recorrente.

No mês passado, a Raízen anunciou a venda de 55 usinas de geração distribuída de energia para a Thopen Energia e Grupo Gera e a decisão de descontinuar operações da Usina Santa Elisa, em São Paulo, por tempo indeterminado como parte de sua estratégia de reciclagem de portfólio.

eldquo;Iniciamos um novo ciclo nesta safra, sustentado em quatro pilares: simplificação do portfólio, foco no core business, eficiência operacional e fortalecimento da estrutura de capitalerdquo;, afirmou a empresa em mensagem que acompanha o balanço.

A receita líquida da maior produtora global de açúcar e de etanol de cana somou R$54,2 bilhões no período, recuo de 6,1% na base anual, mas levemente acima do esperado no mercado, de R$50,2 bilhões.

A alavancagem da companhia, por sua vez, encerrou junho em um patamar de 4,5 vezes, contra 2,3 vezes um ano antes.

Fonte/Veículo: Infomoney

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