Petróleo fecha sem direção única e registra queda semanal de 5%
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As refinarias estatais da Índia estão reduzindo as compras de petróleo bruto da Rússia, segundo pessoas com conhecimento direto dos planos de aquisição das empresas, à medida que o governo de Donald Trump intensifica a pressão sobre Nova Délhi por causa de sua relação comercial com Moscou.
Empresas como Indian Oil (IOC), Bharat Petroleum e Hindustan Petroleum planejam suspender as compras pontuais do petróleo bruto no próximo ciclo de aquisição, até que haja uma orientação clara do governo, disseram as fontes, que pediram anonimato. Na quinta-feira, a IOC comprou cinco milhões de barris de petróleo dos Estados Unidos, Brasil e Líbia, a mais recente de uma série de aquisições para entrega relativamente rápida.
O mercado global de petróleo está atento às compras indianas de petróleo bruto depois que o presidente Donald Trump dobrou a tarifa sobre todas as exportações indianas para os EUA como punição direta pelo fato de as refinarias do país estarem comprando petróleo russo.
A escalada emdash; que ainda não foi acompanhada por uma ação semelhante contra a China, outro grande comprador emdash; tem como objetivo aumentar a pressão sobre Moscou para encerrar a guerra na Ucrânia.
A tensão influenciou os contratos futuros nesta semana, à medida que os traders avaliam as chances de interrupção nos fluxos, bem como a capacidade de Moscou de encontrar compradores alternativos caso as refinarias indianas optem por reduzir suas compras. O petróleo tipo Brent teve pouca variação, sendo negociado perto de US$ 67 por barril na quinta-feira, após cinco dias consecutivos de queda.
Oficialmente, Nova Délhi não deu nenhuma orientação às refinarias para que interrompam a compra de petróleo russo, com o governo do primeiro-ministro Narendra Modi se posicionando contra as tarifas de Trump. A Bloomberg já havia noticiado anteriormente que as refinarias haviam sido instruídas a elaborar planos para a compra de petróleo não proveniente da Rússia.
Um porta-voz do Ministério do Petróleo não respondeu imediatamente a um e-mail com pedido de comentário. Separadamente, IOC, BPCL e HPCL também não responderam às mensagens da Bloomberg solicitando posicionamento.
Além dos contratos de longo prazo, os produtores de petróleo e as refinarias geralmente lidam com compras em ciclos de curto prazo, com as cargas sendo reservadas cerca de um mês e meio a dois meses antes do embarque. Esse planejamento antecipado permite que os usuários garantam suprimento suficiente para atender às suas necessidades.
A pausa afetará a compra de cargas do petróleo russo Urals com carregamento previsto para outubro, acrescentaram as fontes. Embora seja improvável que as compras do Urals para carregamento em outubro por refinarias indianas caiam a zero, uma queda pode desencadear uma corrida por outros tipos de petróleo, como cargas dos EUA, do Oriente Médio e da África, disseram traders que atuam na região.
As negociações para as cargas de outubro ainda não começaram, mas os operadores do mercado de petróleo preveem descontos russos mais profundos e mais ofertas direcionadas à China, que normalmente não consome muito dessa variedade.
No fim de julho, as compras do Urals com carregamento para setembro foram concluídas com a Índia adquirindo menos barris devido às ofertas elevadas. Desde então, as refinarias estatais lançaram uma série de licitações, absorvendo cargas pontuais de outras regiões.
Enquanto isso, as processadoras privadas Reliance Industries e Nayara Energy mantiveram-se discretas emdash; esta última enfrentando uma forte queda nas taxas de operação após sanções impostas pela União Europeia.
As cargas do Urals emdash; o tipo de petróleo de referência da Rússia, extraído no oeste do país emdash; com carregamento previsto para agosto e setembro devem ser entregues conforme o planejado, a menos que Nova Délhi diga o contrário, disseram as fontes.
Nos últimos dias, petroleiros descarregaram algumas dessas cargas em portos indianos, embora com alguns pequenos atrasos. No auge, a Índia chegou a importar mais de 2 milhões de barris por dia de petróleo russo emdash; um salto a partir de praticamente zero antes da guerra na Ucrânia.
eldquo;Haverá algumas interrupções operacionais por um período, mas a oferta e a demanda de petróleo acabarão se equilibrandoerdquo;, disse R. Ramachandran, ex-diretor de refinarias da Bharat Petroleum. Se o fornecimento russo se tornar mais difícil, eldquo;os petróleos do Oriente Médio emdash; com suas vantagens geográficas e ampla variedade de qualidade emdash; serão os principais substitutos, especialmente os da Arábia Saudita e do Iraqueerdquo;, afirmou.
(Bloomberg)
Fonte/Veículo: O Globo
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