Trump diz que EUA cobrarão tarifa de 100% sobre importação de semicondutores
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, emitiu uma ordem executiva nesta quarta-feira (6/8) impondo uma tarifa adicional de 25% sobre a Índia porque o país compra petróleo da Rússia.
Com isso, a tarifa total sobre as importações indianas para os Estados Unidos sobe para 50% emdash; a mesma taxa aplicada contra o Brasil, que entrou em vigor nesta quarta.
O governo americano também ameaça com "possível imposição de tarifas semelhantes a outros países que importam, direta ou indiretamente, petróleo da Federação Russa". Esse é o caso do Brasil.
Em maio, em visita a Moscou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva informou que 70% do óleo diesel importado pelo Brasil vem da Rússia.
Historicamente, as importações brasileiras de diesel são oriundas dos Estados Unidos, mas este cenário mudou quando Europa impôs um embargo ao petróleo e aos derivados russos, em resposta à guerra na Ucrânia. Isso fez com que o diesel russo fosse redirecionado a partir de 2023 para outros países, principalmente o Brasil e Turquia, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Além disso, o Brasil é um grande importador de fertilizantes russos - e a soja é a principal cultura consumidora de fertilizantes no país. Portanto, a nova justificativa de Trump para impor tarifas comerciais já causa preocupação no governo e setores econômicos brasileiros.
Assim como a Índia, o Brasil também está junto com a Rússia no Brics, bloco que tem incomodado o presidente dos EUA.
Segundo o texto da ordem executiva de Trump desta quarta, a nova alíquota da Índia será "efetiva para mercadorias destinadas ao consumo, ou retiradas de armazém para consumo, a partir das 0h01 (horário da costa leste dos EUA), 21 dias após a data desta ordem", no próximo dia 27.
Anteriormente, o presidente americano já havia alertado que aumentaria as tarifas, afirmando que a Índia "não se importa com quantas pessoas estão sendo mortas na Ucrânia pela máquina de guerra russa".
"As ações da Federação Russa na Ucrânia representam uma ameaça contínua à segurança nacional e à política externa dos Estados Unidos, exigindo medidas mais rigorosas para lidar com a emergência nacional", afirmou um comunicado da Casa Branca.
"A importação de petróleo da Federação Russa pela Índia enfraquece os esforços dos EUA para conter as atividades nocivas da Rússia."
O governo indiano já havia classificado como "injustificada e irracional" a ameaça de Trump de aumentar tarifas devido à compra de petróleo russo.
Em uma declaração anterior, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia, Randhir Jaiswal, afirmou que os EUA haviam incentivado a Índia a importar gás russo no início do conflito, "para fortalecer a estabilidade dos mercados globais de energia".
Segundo ele, a Índia "passou a importar da Rússia porque os fornecedores tradicionais foram desviados para a Europa após o início do conflito".
Nesta quarta, em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Índia disse que as importações do país "são baseadas em fatores de mercado e realizadas com o objetivo geral de garantir a segurança energética de 1,4 bilhão de pessoas da Índia"
O governo de Nova Delhi disse que é "extremamente lamentável que os EUA tenham escolhido impor tarifas adicionais à Índia por ações que vários outros países também estão tomando em seu próprio interesse nacional".
Trump já havia dito em julho que os EUA imporiam tarifas secundárias contra os parceiros comerciais da Rússia caso um acordo de paz com a Ucrânia não fosse alcançado.
O último prazo dado por Trump para um acordo sobre a guerra termina na sexta-feira (8/8).
A nova investida tarifária faria com que qualquer país que tenha comércio com a Rússia pagasse a taxa se quisesse vender seus produtos aos EUA.
O objetivo de Trump é conseguir prejudicar a economia russa. Teoricamente, se Moscou não conseguir gerar receita com a venda de petróleo a outros países, também terá menos dinheiro para financiar sua guerra contra a Ucrânia.
Como petróleo e gás representam quase um terço da receita do Estado russo e mais de 60% de suas exportações, as tarifas secundárias poderiam causar um impacto significativo nas finanças do país.
Petróleo e gás são as maiores exportações da Rússia, e os principais clientes de Moscou incluem China, Índia e Turquia.
A Rússia continua sendo o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas da Arábia Saudita e dos próprios EUA. Mas seus embarques têm caído este ano, segundo análise da Bloomberg baseada em dados de rastreamento de navios.
Fonte/Veículo: BBC
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