Trump aplica tarifa extra de 25% à Índia por comprar petróleo russo e ameaça outros países
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O governo dos Estados Unidos voltou a sinalizar que pode impor tarifas pesadas, possivelmente próximas de 100%, a países que mantêm relações comerciais com a Rússia, especialmente na compra de petróleo, combustíveis e fertilizantes. A ameaça, feita pelo presidente Donald Trump em evento na Casa Branca na terça-feira (5), pretende exercer pressão sobre Moscou para encerrar a guerra contra a Ucrânia.
O movimento pode atingir diretamente o Brasil, que figura entre os maiores compradores mundiais de diesel e fertilizantes do país de Vladimir Putin.
eldquo;Vamos tomar uma decisão sobre sanções a países que compram energia russa após a reunião de amanhã com a Rússiaerdquo;, disse Trump, sem citar o Brasil, mas indicando que a sobretaxa ficaria eldquo;próxima de 100%erdquo;.
Dados da consultoria StoneX mostram que, no primeiro semestre, 39,1% do diesel importado pelo Brasil veio da Rússia, à frente dos EUA, que responderam por 32,8%. O risco também se estende ao agronegócio, altamente dependente dos fertilizantes russos. Segundo o Ministério da Agricultura, mais de 90% dos insumos usados no país são importados, sendo 30% originários da Rússia.
eldquo;O mercado de fertilizantes tem visto uma alta de preços desde o começo do ano, muito por uma falta de produto a nível internacional. A China era o grande exportador, e eles vêm segurando essas explorações, criando barreiras para tentar controlar os preços internos de fertilizantes na China e com isso vem aumentando a dependência do Brasil, da Rússia, por exemploerdquo;, explica Samuel Isaak, analista de commodities agrícolas da XP.
Segundo ele, os fertilizantes, por estarem ligados à segurança alimentar, normalmente ficam de fora de barreiras e sanções. Então, mesmo sancionada, a Rússia continua exportando. eldquo;É bastante difícil a gente substituir 100% [dos fertilizantes importados pelo Brasil da Rússia]erdquo;, avalia Isaak, que vê uma incerteza sobre esse tipo de comércio que até então era protegido pela OMC, devido às atitudes erráticas de Trump.
Mercado teme punição
Representantes do setor agroindustrial alertaram o Itamaraty para os impactos potenciais de novas sanções. eldquo;Se o cenário evoluir para o ponto em que o Brasil seja taxado por manter relações comerciais com a Rússia, o Brasil vai continuar comprando os produtos russoserdquo;, afirmou Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), ao Estadão/Broadcast. eldquo;Não é simples tirá-los do mercado e encontrar fornecedores alternativos.erdquo;
Parlamentares brasileiros que estiveram recentemente em Washington também saíram com a percepção de que uma nova frente de atrito pode se abrir nos próximos 90 dias. eldquo;Há outra crise pior que pode nos atingirerdquo;, disse o senador Carlos Viana (Podemos-MG), na última semana, acrescentando que congressistas republicanos e democratas defenderam a aprovação de uma lei prevendo sanções automáticas a países que mantêm negócios com Moscou.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS), que integrou a comitiva, reforçou que, na visão americana, essas transações ajudam a prolongar o conflito. eldquo;Eles acham que quem compra da Rússia dá munição para a guerra continuarerdquo;, afirmou.Além de sobretaxas, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, advertiu que os EUA poderiam impor restrições diretas à compra de produtos brasileiros como forma de retaliação.
Fonte/Veículo: InfoMoney
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