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Criada pelo Centro de Liderança Pública (CLP), a coalizão Unidos Pelo Brasil, que reúne pesquisadores e entidades do setor produtivo, lança hoje uma série de pautas consideradas prioritárias para o País, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social. O grupo selecionou 14 projetos de lei já em tramitação que, em sua avaliação, merecem atenção do Congresso na próxima legislatura. Para o serviço público, entre os projetos defendidos pela coalizão, além da reforma administrativa, estão a regulamentação de um teto constitucional, a atualização dos concursos e uma lei de governança contra desvios e excessos nas estatais.

A coalizão Unidos Pelo Brasil, que reúne pesquisadores e associações do setor produtivo, lança hoje uma agenda de pautas prioritárias para o próximo Congresso, com foco em modernização do setor público, sustentabilidade ambiental, crescimento econômico e justiça social.

O grupo, criado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), selecionou 14 projetos de lei já em tramitação que, na avaliação dos integrantes, merecem atenção do Legislativo na próxima gestão. Neste ano, os brasileiros vão às urnas eleger 513 deputados e 27 senadores. Se aprovados os projetos selecionados, o impacto para os cofres públicos seria de R$ 95 bilhões até 2026.

Entre as instituições que integram a iniciativa estão o Centro de Cidadania Fiscal, Fundação Dom Cabral, Instituto Millenium, Sociedade Brasileira de Direito Público, Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) e a Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). O lançamento será em São Paulo, na sede da Microsoft Brasil.

eldquo;A gente traz uma agenda pensando no curto e no médio prazos do Brasil, para qualificar o debate eleitoral de forma pragmática, endereçando problemas complexos e urgentes do País por meio de uma agenda legislativa positivaerdquo;, diz Tadeu Barros, presidente do CLP.

Ele explica que o objetivo é acelerar a tramitação no Congresso. eldquo;Temos um time de inteligência técnica para escolher a agenda com base em dados e evidências, do ponto de vista de critérios como PIB, emprego e renda. E também temos um time de articulação política em Brasília para ajudar a influenciar a opinião de parlamentares.erdquo; Barros diz que, apesar de o foco da iniciativa ser o Congresso, a agenda também será entregue aos candidatos à Presidência.

CAUSAS. A coalizão já atuou pela aprovação de projetos como a reforma da Previdência, o marco do saneamento básico, a nova lei do gás, a autonomia do Banco Central e a nova lei de improbidade administrativa.

Um dos três pilares da agenda é a modernização do setor público. Para isso, defendem quatro legislações: a reforma administrativa, a regulamentação do teto salarial, a atualização dos concursos públicos e a lei de governança de ordenação pública e econômica, que prevê mais eficiência nas estatais.

Além da administrativa, outra reforma estrutural que se arrasta há anos no Congresso é a tributária. eldquo;O nosso olhar para reforma tributária é justiça fiscal, transparência e simplificaçãoerdquo;, diz Barros.

O grupo defende a unificação do IPI, PIS, Cofins, ICMS e ISS em um tributo sobre valor agregado, com cobrança no destino e o menor número possível de regimes diferenciados.

A agenda também traz pautas mais setoriais, como o marco legal do setor elétrico, que permitiria, por exemplo, que o consumidor pudesse escolher de quem comprar energia. eldquo;Temos uma das energias mais caras do mundo. O setor elétrico poderia custar R$ 100 bilhões a menos por anoerdquo;, diz Paulo Pedrosa, presidente da Abrace.

Ele afirma que o marco também prevê a correção de distorções no setor, amplamente marcado por subsídios. eldquo;O consumidor de energia hoje é obrigado a pagar por subsídios, reservas de mercado e proteções para agentes da cadeia o que resulta em mais custos para a sociedade.erdquo;

A Abdid, do setor de infraestrutura, destaca a revisão da legislação de concessões florestais e a estruturação do mercado de carbono. eldquo;É muito interessante que, fazendo a exploração adequada, com as estruturas verdes, a gente possa ser remunerada e entre nesse mercado de crédito de carbono com participação significativaerdquo;, afirma Venilton Tadini, presidente da Abdib, que reforça a importância da reestruturação de carreiras no setor público. eldquo;Hoje o Orçamento está quase todo comprometido com despesas obrigatórias, sufocando o espaço para investimentos. Sem investimentos, a economia não consegue crescer.erdquo; ebull;

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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