Sem acordo, Senado suspende votação de PLP sobre devedor contumaz
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O Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse nesta quinta-feira (4) que cabe à sociedade escolher se a Petrobras (PETR3;PETR4) será uma empresa estatal ou privada. eldquo;Não dá para achar petróleo no pré-sal e a empresa dizer que é pública para ter prioridade, mas justificar que é privada quando o preço da gasolina aumentaerdquo;, afirmou Sachsida, durante o painel eldquo;O Desafio Energético do Brasilerdquo;, na Expert XP 2022.
eldquo;Eu tenho a minha preferência e quero ela privadaerdquo;, complementou o ministro. Ao assumir o MME, em maio deste ano, uma das primeiras iniciativas de Sachsida foi encomendar estudos para a privatização da petrolífera. Questionado se há chances da proposta de privatização ser enviada ao Congresso ainda este ano, ele afirmou que ministério estuda essa possibilidade.
eldquo;Mas um projeto deste tamanho, você precisa ter muita segurança para gerar competição e acima de tudo ter consensos para poder avançarerdquo;, disse Sachsida. O ministro criticou a demora da petrolífera em vender suas refinarias. eldquo;Tem um termo de ajuste de conduta, tem que ser feitoerdquo;, disse.
eldquo;Não dou palpite na Petrobraserdquo;
Sachsida evitou comentar a atual política de preços da petrolífera. eldquo;Nós não controlamos o preço do barril, mas se o dinheiro vier para o Brasil, o câmbio valoriza e vamos conseguir uma redução estrutural correta no preço dos combustíveiserdquo;, disse.
O ministro acredita que essa dinâmica se beneficiaria de uma realocação de portfólios de investimentos globais, buscando um porto seguro no Brasil. eldquo;Vamos aprovar marcos legais, criar um ambiente favorável pra investimentos e o preço [dos combustíveis] vai cair naturalmenteerdquo;, afirmou.
Sachsida diz que não dá palpite na Petrobras e seu papel foi levar um presidente para a companhia que estivesse acostumado com competição. eldquo;Eu prefiro mais competição, porque você dilui o podererdquo;, disse o ministro. eldquo;Enquanto ministro de Minas e Energia, saibam de uma coisa: eu vou gerar competição no setor é bom que ela [a Petrobras] aprenda a competir, porque vai ter competição. Essa é a única maneira de protegermos os consumidores brasileiroserdquo;, complementou.
Mesmo afirmando que o melhor a se fazer pela Petrobras é não intervir, Sachsida foi parabenizado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, pela redução de 3,6% no preço do diesel para as distribuidoras anunciada hoje pela Petrobras. eldquo;Parabéns pela queda de 20 centavos no preço do diesel hoje. Mais uma ação do governo federal na boa direção de olhar o consumidor em primeiro lugarerdquo;, disse Leite.
Sem competição, sem transição
O ministro disse ainda que a falta de competição no setor inviabiliza que a Petrobras tenha uma agenda ESG. Ele usou o exemplo de players globais que estão caminhando para uma transição energética, como Shell e BP. eldquo;E a Petrobras? Será que alguém vai colocar um elsquo;xisersquo; que ela tá indo?erdquo;, indagou Sachsida.
eldquo;A Petrobras pode ser um grande player das energias renováveis e esse é o caminho. O Brasil tem que pressionar para criar uma economia verde e neutra em emissões até 2050ePrime;, afirmou Joaquim Leite.
Sachsida disse que, como toda empresa grande e responsável no mundo, a Petrobras precisa ter um programa social desenvolvido pelos próprios executivos da empresa. eldquo;Eu não ganho R$ 210 mil por mês, é o presidente da Petrobras. É ele e os diretores que tem de desenvolver programas sociaiserdquo;, afirmou.
eldquo;O Brasil tem que ser o Canadá da mineraçãoerdquo;
Durante o painel, Sachsida afirmou que está fazendo mudanças no MME para fortalecer o segmento de mineração. eldquo;O nosso norte em mineração é o Canadá. Um país com respeito à sustentabilidade, que é exemplo do mundo, e uma potência mineradoraerdquo;, disse o ministro.
Sachsida afirmou que aumentar tributos no setor é um eldquo;erro brutalerdquo;. eldquo;Temos é que explorar essa riqueza de uma maneira ambientalmente sustentável e socialmente justa. Com isso, vamos beneficiar o meio ambiente, a população brasileira e os próprios estados e municípios vão crescererdquo;.
O ministro do meio ambiente defendeu a mineração regular, dizendo que a atividade tem baixa impacto nas florestas. eldquo;Mineração cuida de floresta. Você tem casos de áreas na Amazônia de impacto de menos de 3%. Quando você faz a cava para minerar, você traz riqueza para a região que protege os outros 97%erdquo;, disse Joaquim Leite.
Fonte/Veículo: InfoMoney
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