Sem acordo, Senado suspende votação de PLP sobre devedor contumaz
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A arrecadação do governo federal teve alta real de 11% no primeiro semestre deste ano e atingiu patamar recorde da série histórica iniciada em 1995, a R$ 1,090 trilhão, informou a Receita Federal nesta quinta-feira (21), em período marcado pela normalização da atividade após a pandemia e efeito inflacionário sobre a tributação.
A alta foi fortemente influenciada pelo crescimento da arrecadação do setor de combustíveis, sob o impacto do aumento do preço do petróleo no mercado internacional gerado pela Guerra da Ucrânia.
Se considerada apenas a arrecadação administrada pela Receita Federal, que engloba a coleta de impostos de competência da União, houve alta real de 9% no semestre. No período, a arrecadação do setor de combustíveis saltou 192,54%, dando a maior contribuição absoluta (R$ 34,807 bilhões) para a alta.
Já as receitas administradas por outros órgãos, que são sensibilizadas sobretudo pelos royalties decorrentes da produção de petróleo, aumentaram 56,73% acima da inflação no período.
Nos seis primeiros meses do ano, os ganhos com royalties somaram R$ 51,012 bilhões, ante R$ 36,282 bilhões no mesmo período de 2021, o que representa uma alta real de 40,6%.
No mês de junho, a arrecadação teve alta real de 17,96% sobre igual mês do ano passado, a R$ 181,040 bilhões, maior patamar para o mês da série histórica corrigida pela inflação, iniciada em 1995.
ARRECADAÇÃO RECORDE CONFIRMA CRESCIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL, DIZ GUEDES
O nível recorde da arrecadação tributária no primeiro semestre deste ano é sintoma inequívoco de que o crescimento econômico está surpreendendo e é sustentável, disse nesta quinta-feira Paulo Guedes, ministro da Economia.
Para ele, o Brasil está conseguindo sustentar o crescimento da atividade mesmo com a alta dos juros.
Apesar da avaliação do ministro, a atividade econômica brasileira declinou em abril e maio, indicaram dados do Banco Central. O BC também acredita que a economia irá retrair com mais intensidade no segundo semestre em resposta aos efeitos do duro ciclo de alta da taxa Selic.
Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo
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