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Algumas montadoras se preparam para produzir carros híbridos no Brasil. Esse grupo entende que o veículo com dois motores (um a combustão e outro elétrico) é a melhor forma de o Brasil se inserir na transição global para a eletrificação.E de também salvar seu grande parque industrial automotivo, já que os carros 100% elétricos, que requerem carregamento em tomadas, ainda não são fabricados no país devido ao alto custo dessa tecnologia. Não é, porém, o que pensa a direção da General Motors. Para o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, o Brasil não precisa de fase inte

Chamorro diz estar convencido, pelo que mostram estudos globais, de que o carro 100% elétrico é superior ao híbrido no que diz respeito ao ganho ambiental. eldquo;As outras tecnologias passam a ser passageiras, temporáriaserdquo;, destaca o executivo.

Os puramente elétricos ainda representam parcela muito pequena das vendas de veículos no Brasil. E são todos importados. A fatia desse tipo de carro representou 0,1% em 2021 e 0,3% das vendas acumuladas até maio deste ano. Embora ainda pequena, a participação dos híbridos foi maior - 1,6% e 2,0%, respectivamente.

eldquo;Os volumes são ainda baixos; mas tudo começa assimerdquo;, diz Chamorro. O executivo aponta a categoria premium, com modelos mais caros e onde se concentram as vendas dos 100% elétricos hoje, como a porta de entrada da transformação. Os consumidores dessa faixa, os eldquo;early adopterserdquo;, como são chamados nos Estados Unidos, diz o executivo, estão dispostos a pagar pela tecnologia que permite dirigir de forma eldquo;mais divertidaerdquo; e silenciosa, entre outras coisas.
eldquo;Mas, no futuro, os carros serão elétricos em todos os segmentos onde temos presençaerdquo;, afirma. Quando será isso? Ele responde, com bom humor, que esse é um tema eldquo;para uma próxima conversaerdquo;. A GM também não revela qual seria seu cronograma de eletrificação por região
para atingir a meta global de ser neutra em carbono até 2040. Só no Brasil, a companhia tem três fábricas de veículos e uma de motores.

eldquo;Produzimos onde vendemoserdquo;, diz Chamorro, ao destacar, a vocação do Brasil, nono maior produtor de veículos do mundo e sétimo maior mercado, além de outros que montam carros na região, como Colômbia e Equador.

Com o elétrico, os processos vão mudar. eldquo;Haverá uma transformação fabril; nossos funcionários terão outras habilidades e usarão outras ferramentaserdquo;, destaca. eldquo;A transição não será imediata e até lá teremos carros a combustão com motores menos poluenteserdquo;, afirma o executivo.

A quem lhe pergunta se a tecnologia do elétrico não é cara para ser produzida na região Chamorro rebate com alguns fatos. Além de o Brasil ser fonte de energias renováveis em expansão, como solar e eólica, ele lembra que a América do Sul oferece reservas minerais, como cobalto e níquel, que favorecem o desenvolvimento dos veículos do futuro.

Além disso, destaca, o custo da tecnologia tende a cair. A GM desenvolveu uma plataforma modular, com conjunto de baterias que podem ser montadas em vários formatos, para uso em diferentes tipos de veículos. A flexibilidade dessa plataforma, chamada Ultium, permite atender desde quem busca um carro mais acessível até o que deseja um mais luxuoso, com bateria para alcance de maior ou menor quilometragem.

Há pouco tempo, GM e Honda firmaram um acordo global que usará novas gerações dessa plataforma para o desenvolvimento de carros econômicos. A expectativa das empresas é que em próximas gerações de elétricos o custo seja o mesmo de um carro a combustão. Para ler esta notícia, clique aqui.


Fonte/Veículo: Valor Econômico

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