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A inflação oficial no País arrefeceu em maio, com a ajuda da queda na conta de energia elétrica endash; decorrente do acionamento da bandeira tarifária verde em substituição à cobrança extra do regime de escassez hídrica endash; e da redução nos preços de alguns alimentos in natura. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou de 1,06%, em abril, para 0,47% em maio, informou ontem o IBGE.

A taxa em 12 meses persiste em dois dígitos: 11,73% (um mês antes, era de 12,13%). Alguns especialistas acreditam que o pico já tenha passado, enquanto outros preveem nova aceleração ao menos no próximo par de meses. O consenso é de que o cenário inflacionário permanece pressionado, podendo arrefecer ou se deteriorar dependendo de riscos que envolvem questões fiscais e combustíveis.

O índice de difusão, que mostra o porcentual de itens com aumentos de preços, desceu de 78,25%, no IPCA de abril, para 72% em maio. Contribuiu para segurar a inflação a redução de preços de alimentos importantes na cesta das famílias como tomate (23,72%) e cenoura (-24,07%).

PERSPECTIVAS. Analistas de mercado destacaram a boa notícia da desaceleração da inflação em maio, mas ressaltaram os desafios que o País tem para manter a queda nos próximos meses. Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o IPCA de maio indicou que a inflação saiu do pico, porém deve mostrar desaceleração lenta, o que deve obrigar o Banco Central (BC) a manter os juros altos por bom tempo.

Já na visão da gestora de fundos AZ Quest Investimentos, o pico do IPCA em 12 meses pode ser atingido apenas em julho, quando alcançaria 12,4%, puxado pela previsão de novo reajuste do preço da gasolina nos próximos 30 dias. Em junho, a inflação já voltaria a acelerar em relação ao patamar de maio, com uma elevação de 0,84% no mês, subindo a 12,1% em 12 meses, projeta a gestora.

BOLSONARO. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, aproveitaram sua participação em evento do setor de supermercados para pedir aos empresários moderação nos reajustes de preços. A inflação, que em 12 meses está em 11,73% (leia mais abaixo), é uma das principais preocupações da campanha de Bolsonaro à reeleição. eldquo;É hora de dar um freio nos preços. Empresários precisam entender que temos de quebrar a cadeia inflacionária. Estamos em hora decisiva para o Brasil. Nova tabela de preços só em 2023. Trava os preços, vamos parar de aumentar os preçoserdquo;, disse Guedes, em evento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

De Los Angeles, nos EUA, para onde viajou em razão da Cúpula das Américas, Bolsonaro fez um eldquo;apeloerdquo; e voltou a pedir ao setor que reduza os lucros para que os preços dos produtos da cesta básica possam cair.

eldquo;Nós devemos, em momentos difíceis como esses, entendo, todos nós colaborarmos. Então, o apelo que eu faço aos senhores, para toda a cadeia produtiva, para que os produtos da cesta básica, cada um obtenha o menor lucro possível para a gente poder dar uma satisfação a uma parte considerável da população, em especial os mais humildeserdquo;, afirmou Bolsonaro.

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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