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Durante cerimônia de posse de quatro novos integrantes da diretoria colegiada Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no Rio de Janeiro, o diretor-executivo da agência, Rodolfo Saboia, reconheceu que o cenário de oferta de derivados de petróleo e complexo e desafiador.

A declaração ocorreu nesta segunda-feira (6), uma semana depois de ter se tornado pública uma carta do presidente da Petrobras, José Mauro Coelho Ferreira, dirigida ao comando da agência, na qual menciona eldquo;elevado risco de desabastecimento de diesel no mercado brasileiro no segundo semestre de 2022erdquo;.

eldquo;O abastecimento de derivados é hoje um desafio global. Na ANP, temos trabalhado com muito afinco para honrar o nosso compromisso com a sociedade, de garantir o abastecimento e proteger os interesses dos consumidores. Por outro lado, as preocupações com a segurança energética reforçam o nosso posicionamento estratégico de aumentar a atratividade brasileira como produtor de petróleo e gás naturalerdquo;, afirmou Rodolfo Saboia.

O diretor-executivo da agência não fez projeções e não estabeleceu prazos, mas mencionou que o cenário internacional tem modificado as escolhas feitas pelo mercado e revertido um panorama que parecia claro até outubro do ano passado, quando ocorreu a COP-26, Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021, em Glasgow, na Escócia.

eldquo;Enfrentamos um contexto internacional bastante complexo e desafiador. Que está impactando profundamente os mercados de energia no curto prazo e, ao mesmo tempo, provocando revisão nos cenários de médio e longo prazos. Se até bem pouco tempo atrás os debates sobre as estratégias de descarbonização se impunham de maneira incondicional, agora o mundo se dá conta de que a transição não pode acontecer sem levar em conta a segurança energéticaerdquo;, afirmou.

Castro quer nova discussão sobre ICMS
Governador do Rio de Janeiro, estado que sedia a agência, Cláudio Castro (PL) esteve presente à posse da nova diretoria e reiterou a importância do setor de óleo e gás para o estado, que abriga mais de 80% das reservas brasileiras provadas de óleo e mais de 60% das de gás natural.

Castro destacou a importância de se chegar a um acordo sobre os preços dos combustíveis.

Atualmente, o governo avalia a possibilidade de torná-los produtos essenciais, o que reduziria a alíquota máxima para 17%.

O Rio de Janeiro pratica a mais alta alíquota do país para a gasolina: 34%. A mudança a reduziria à metade.

eldquo;E penso que temos que fazer uma grande discussão sobre os preços do combustível e da energia. Penso que um ou outro órgão ser diminuído não é a solução para o país. Mas a grande solução é uma grande discussão de toda a cadeia, desde aquele que produz até a bomba, passando pelos governos. Essa discussão fará muito bem ao país, ao estado do Rio de Janeiro, e, principalmente, fará bem a nossa população tão guerreira, e que já paga altíssimos impostoserdquo;, avalia o governador.

Fonte/Veículo: CNN Brasil

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