Aumento de teor dos biocombustíveis: confira as recomendações da ANP
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A queda nos preços dos alimentos compensou parcialmente o aumento na conta de luz em junho, segundo os dados da inflação oficial no País. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou junho com alta de 0,24%, ante uma elevação de 0,26% em maio, informou nesta quinta-feira, 10, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou próximo ao teto das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Estadão/Broadcast, que previam um aumento entre 0,14% e 0,26%, com mediana positiva de 0,20%.
eldquo;O que vemos ainda é uma alta expressiva concentrada em serviços correlatos a automóveis, serviços de aplicativos, aumento do preço de automóveis, além da pressão altista de vestuárioerdquo;, destacou a estrategista de inflação da Warren Investimentos, Andréa Angelo, que vê perda de força na parte estrutural do IPCA, apesar da taxa acima do esperado em junho, impulsionada por itens mais voláteis.
A taxa acumulada pela inflação no ano foi de 2,99%. Já o IPCA acumulado em 12 meses acelerou a 5,35%, acima da meta de 3% perseguida pelo Banco Central, cujo teto de tolerância é de 4,50%. Desta forma, a autoridade monetária deve divulgar a carta aberta para justificar o descumprimento da meta de inflação nesta quinta-feira, 10, às 18h. A publicação se deve ao fato de o IPCA acumulado em 12 meses ter superado o teto do alvo.
O descumprimento da meta estava praticamente certo. Para que a taxa ficasse abaixo de 4,50%, seria necessária uma deflação de ao menos 0,58% no mês. A nova meta de inflação contínua passou a valer este ano. No novo regime, o cumprimento do alvo é apurado com base na inflação acumulada em 12 meses emdash; e não no IPCA de um ano fechado, como era até 2024. Se a taxa ficar acima ou abaixo do intervalo de tolerância (1,5% a 4,5%) por seis meses seguidos, considera-se que o BC perdeu a meta.
O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, já disse mais de uma vez que deve ser o primeiro chefe da autarquia a escrever duas cartas para justificar o descumprimento da meta em seis meses, já que o alvo também foi perdido no ano-calendário de 2024. eldquo;Eu já tenho esse começo que me incomoda demais na minha gestão, de em seis meses ter de escrever a segunda carta de descumprimento da metaerdquo;, afirmou na quarta-feira.
Ainda não há informações sobre a estrutura que a carta terá, mas o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, adiantou que deve haver eldquo;poucas mudançaserdquo; em relação ao modelo que era adotado até o ano passado. A principal diferença é que a autoridade monetária deverá determinar um prazo para a inflação convergir ao alvo, segundo o decreto da meta contínua.
Uma nova carta só teria de ser escrita se a inflação não convergir à meta no prazo estipulado, mas Guillen já disse que o BC deve continuar prestando explicações sobre o processo de desinflação mesmo durante esse período. eldquo;Na minha cabeça, deve ter uma carta, mas a gente deve prestar explicações formais ao longo do processo, mesmo que durante esse horizonte, sobre por que a inflação está acima da metaerdquo;, disse o diretor, em um evento organizado pelo Barclays no fim de junho.
A Tendências Consultoria espera leve aceleração na inflação no mês de julho.
eldquo;Os preços de energia elétrica continuarão a pressionar o índice cheio, em virtude do reajuste das tarifas em São Paulo. Além disso, espera-se certa aceleração para os preços da gasolina, com dissipação da redução das cotações do combustível nas refinarias, e aumento um pouco mais intenso para os serviços pessoais. Em contrapartida, haverá nova deflação para alimentos em julhoerdquo;, previu Matheus Ferreira, analista da Tendências, em relatório.
O grande vilão da inflação de junho foi a energia elétrica, que aumentou 2,96% impulsionada pela entrada em vigor da bandeira tarifária vermelha patamar 1 no mês de junho, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos. O subitem foi responsável sozinho por metade de toda a inflação de junho. Além da mudança na bandeira tarifária, houve ainda reajustes nas contas em Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba.
A energia elétrica residencial já acumula uma alta de 6,93% no ano, principal pressão individual para a inflação do período, uma contribuição de 0,27 ponto porcentual para a alta de 2,99% acumulada pelo IPCA.eldquo;A alta acumulada na energia elétrica no primeiro semestre foi a maior para um primeiro semestre desde 2018, quando foi 8,02%erdquo;, observou Fernando Gonçalves, gerente do IPCA no IBGE.
Os aumentos nos preços do transporte por aplicativo (13,77%) e do conserto de automóvel (1,03%) pressionaram o custo das famílias com deslocamentos em junho, a despeito da queda nos combustíveis, que ficaram 0,42% mais baratos. A gasolina recuou 0,34%, uma contribuição de -0,02 ponto porcentual para o IPCA do mês. Houve reduções também no óleo diesel, -1,36%; no gás veicular, -1,10%; e no etanol, -0,61%.
Os alimentos também tiveram redução, queda de 0,18%, após uma sequência de nove meses de aumentos. Segundo Fernando Gonçalves, do IPCA no IBGE, os preços dos alimentos caem devido a um aumento na oferta desses produtos. O custo da alimentação no domicílio caiu 0,43% em junho. As famílias pagaram menos pelo ovo de galinha (-6,58%), arroz (-3,23%) e frutas (-2,22%). Por outro lado, o tomate ficou 3,25% mais caro. Após meses de pressão, o café moído diminuiu o ritmo de alta, com elevação de 0,56% em junho, em meio às expectativas pela safra maior.
eldquo;O café vinha num processo de alta, permanece numa variação positivaerdquo;, lembrou Gonçalves, ponderando que o aumento na colheita já começa a ser percebido, embora necessite ainda de um tempo até chegar de fato às prateleiras. eldquo;O preço no atacado começa a reduzir, e a gente espera um efeito na cadeia de produção chegando ao consumidor final.erdquo;
A alimentação fora do domicílio subiu 0,46% em junho: o lanche avançou 0,58%, e a refeição fora de casa subiu 0,41%.
Os itens de vestuário tiveram uma elevação de 0,75% em junho, devido ao encarecimento da roupa masculina (1,03%), calçados e acessórios (0,92%) e roupa feminina (0,44%). Em saúde, houve pressão do aumento de 0,57% no plano de saúde, que foi aliviada pelo recuo de 3,26% no perfume.
Embora a inflação venha rodando acima da meta há meses, os principais subitens de pressão não revelam influência de demanda, declarou Fernando Gonçalves, do IBGE. Os subitens de maior impacto em 12 meses foram as carnes (23,63%, 0,55 p.p.), gasolina (6,60%, 0,34 p.p.), café moído (77,88%, 0,32 p.p.), cursos regulares (6,50%, 0,29 p.p.), plano de saúde (7,03%, 0,28 p.p.), refeição fora (7,08%, 0,25 p.p.) e energia elétrica (6,13%, 0,24 p.p.).
eldquo;Não têm influência de demanda de forma mais contundenteerdquo;, disse Gonçalves.
Questionado sobre eventuais impactos sobre a inflação do aumento de tarifas anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre exportações brasileiras, Gonçalves respondeu ser necessário aguardar o IPCA do mês que vem, para ver se haverá impacto de tarifaço. Ele ponderou que Trump tem anunciado tarifas, mas depois adiado sua implementação, abrindo então negociação entre governos afetados.
eldquo;O Trump coloca a tarifa, depois ele adia o prazoerdquo;, lembrou o pesquisador.
Fonte/Veículo: Folha de São Paulo
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