Quem é o grande vilão pelo alto preço dos combustíveis e como abaixá-lo?
Rafael Macedo, presidente do Minaspetro
Quem é o grande vilão pelo alto preço [...]
Os contratos futuros de petróleo cederam novamente na sessão desta terça-feira (24/6), caindo mais de 6%, com o Brent perdendo o nível dos US$ 70, e voltando a patamares anteriores ao da escalada do conflito entre Israel e Irã.
O anúncio de um cessar-fogo e a postura das autoridades reforçando o cumprimento de um acordo reduziu os prêmios de risco para a commodity, que estavam principalmente relacionados à postura iraniana junto ao Estreito de Ormuz.
Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para setembro recuou 6,17% (US$ 4,35), a 66,17 o barril, enquanto o petróleo WTI para agosto, negociado na Nymex, fechou em queda de 6,04% (US$ 4,14), a US$ 64,37 o barril.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, comemorou nesta terça-feira (24) o cessar-fogo que eldquo;interrompeu uma guerra de 12 diaserdquo; com Israel, classificando o desfecho como uma eldquo;vitória históricaerdquo; do povo iraniano.
Em mensagem dirigida à nação, ele afirmou que eldquo;toda a glória desta vitória histórica pertence à grande e civilizatória nação do Irãerdquo;.
eldquo;O cessar-fogo entre Israel e Irã provavelmente se mostrará frágil. Mas, enquanto ambas as partes se mostrarem relutantes em atacar a infraestrutura energética relacionada à exportação ou interromper o fluxo de navios pelo Estreito de Ormuz, esperamos que os fundamentos pessimistas do mercado de petróleo continuem a prevalecer a partir de agoraerdquo;, avalia a Capital Economics.
A forte queda nos preços é resultado da redução da probabilidade de alguns dos riscos extremos enfrentados pelos mercados globais de energia emdash; particularmente o eldquo;fechamentoerdquo; do Estreito de Ormuz emdash; pelos traders, pontua.
Isso se deve, em parte, à natureza bem telegrafada dos ataques retaliatórios da segunda-feira (23/6) do Irã contra ativos militares dos EUA no Catar, aparentemente planejados para limitar o envolvimento dos EUA no conflito.
eldquo;Na ausência de uma mudança nas preferências até agora reveladas de todas as partes para poupar a infraestrutura energética essencial, e se nossa premissa de trabalho de que o conflito se amenizará se confirmar, esperamos que a atenção no mercado de petróleo retorne aos fundamentos baixistaserdquo;, projeta.
eldquo;Prevemos que ventos contrários estruturais à demanda por petróleo na China e a oferta adicional da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) contribuam para um superávit considerável nos próximos 18 meseserdquo;, aponta a consultoria.
eldquo;Nesse contexto, permanecemos com nossas projeções abaixo do consenso para que o petróleo Brent caia para US$ 60 por barril (pb) e US$ 50pb até o final de 2026 e ao final de 2027eldquo;, conclui.
Fonte/Veículo: Eixos
Rafael Macedo, presidente do Minaspetro
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