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O Banco Central divulgou nesta terça-feira a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) que elevou a taxa Selic de 14,75% para 15% ao ano. Na reunião da semana passada, o Copom também sinalizou a interrupção do ciclo de alta de juros.

Com o aumento a 15%, a Selic alcançou o maior nível desde julho de 2006, no que foi considerado pelo mercado financeiro uma demonstração de independência do BC liderado por Gabriel Galípolo em relação ao governo.

Foi a sétima alta consecutiva no ciclo iniciado em setembro, a quarta sob a gestão de Galípolo, acumulando um aumento de 4,50 pontos percentuais. O BC, no entanto, já indicou que a alta a 15% deve ter sido a última. No comunicado da semana passada, o Copom afirmou que "antecipa uma interrupção no ciclo de alta de juros".

Segundo o colegiado, a pausa será usada para avaliar se os impactos acumulados do aperto já realizado nos juros, que ainda não se materializaram por completo na economia real, serão suficientes para reduzir a inflação e levá-la à meta de 3,0%, considerando a manutenção da Selic em 15% por "período bastante prolongado". Caso contrário, o BC diz que não hesitará em "prosseguir" com a alta de juros.

"O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado", disse no comunicado.

Atualmente, o BC prevê que o IPCA - índice oficial de inflação - deve chegar ao final de 2026, prazo em que trabalha para alcançar a convergência inflacionária, em 3,6%, ainda acima da meta de 3,0%. No mercado, segundo o Boletim Focus, a projeção é muito maior, de 4,50% - limite superior da meta.

Fonte/Veículo: O Globo

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