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Depois da indicação do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de que pode manter inalterada a Selic na sua reunião de julho, a ampla maioria do mercado aposta que o juro básico da economia vai permanecer estacionado em 15% pelo menos até o fim deste ano. De acordo com levantamento do Projeções Broadcast, 40 das 47 instituições consultadas trabalham com a Selic parada no atual nível até dezembro. E uma parcela bem menor (7) de instituições, vê a possibilidade de início do afrouxamento monetário ainda neste ano, entre novembro e dezembro.

Bancos como Barclays, BTG Pactual e Santander Brasil reforçaram, depois da divulgação do comunicado do Copom, a expectativa de que o juro ficará parado em 15% pelo menos até o fim do ano.

Em relatório, a equipe de economistas do BTG Pactual escreveu que a elevação da Selic em junho veio em linha com o esperado, ante o cenário de inflação persistentemente acima da meta, de atividade econômica resiliente e das pressões vindas do mercado de trabalho. Segundo o banco, o comunicado também indica uma disposição do Copom em considerar novas altas na Selic, se necessário, mas o tom do documento eldquo;sugere um limiar elevado para um aperto adicionalerdquo;.

O economista para Brasil do Barclays, Roberto Secemski, observou que o foco da autoridade monetária no comunicado foi desencorajar os investidores a precificar cortes na Selic neste momento, antes que haja uma convergência adequada da inflação para a meta.

As medianas do Projeções Broadcast para a Selic na próxima reunião do Copom, em julho, e nas reuniões subsequentes, de setembro, novembro e dezembro, subiram de 14,75% para 15% após a decisão da quarta-feira.

JANELA PARA CORTE. Já o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale, avalia que deve haver uma janela, ainda que curta, para a retomada do afrouxamento monetário neste ano. Ele considera que o cenário de inflação nos próximos meses deverá ser beneficiado pela apreciação cambial e a deflação nos alimentos, arrefecendo a alta do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que deve encerrar o ano ao redor de 5%. eldquo;Na modelagem do IPCA, com os efeitos de juros e se não houver nenhuma grande mudança no caminho, teremos uma projeção de inflação para 2027 mais baixa, se aproximando da metaerdquo;, diz ele, que, por isso, considera que o período eldquo;bastante prolongadoerdquo; de Selic parada não parece ser uma indicação para ser levada eldquo;a ferro e fogoerdquo;.

Secemski, do Barclays, tem visão diferente. eldquo;Como não acreditamos que o grau de desaceleração da atividade exceda o que o Copom incorpora em seus mo

Indicação

Na reunião da última quarta-feira, o Copom sinalizou a possibilidade de pausar a alta de juros

delos, não esperaríamos um alívio significativo nas previsões de inflação do colegiado nos próximos meses, salvo uma apreciação cambial adicional (e sustentada)erdquo;, diz ele, que trabalha com cenário de retomada de cortes na Selic apenas no primeiro trimestre de 2026, com a taxa fechando o próximo ano em 12,75% endash; em linha com a mediana do Projeções Broadcast para o fim de 2026.

Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo

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