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Apesar da elevação dos juros básicos a 14,75% ao ano pelo Banco Central na tentativa de reconduzir a inflação à meta de 3% ao ano, a economia brasileira tem adiado a desaceleração anteriormente esperada pelos economistas.

Hoje, o IBGE divulga os números do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no 1º trimestre de 2025, um retrato do início do ano que analistas e investidores já esperam ter sido de maior aquecimento da economia que o esperado há pouco tempo.

Com mais uma supersafra no campo, o mercado de trabalho aquecido, a renda nas máximas históricas e o crédito ainda em expansão, mesmo com juros em alta, economistas já estão revisando para cima suas projeções de crescimento econômico para o primeiro trimestre.

Que a agropecuária puxaria a economia no início de 2025 já era esperado, com clima favorável e um bom volume de chuvas desde outubro do ano passado afastando o risco de seca. Mas o freio no consumo deverá ficar mais para este segundo trimestre e, principalmente, para a segunda metade do ano, têm previsto os analistas.

No início de 2024, já era esperada uma desaceleração, mas o crescimento foi se mostrando mais forte do que o esperado ao longo do ano. Apesar do arrefecimento no último trimestre, a economia cresceu 3,4% no ano passado. Isso parece estar acontecendo novamente no início de 2025.

Segundo economistas, a surpresa no primeiro trimestre deve vir, além do bom desempenho da agropecuária, do setor de serviços, que continuou forte e, por isso, tem sido o principal peso na inflação. A indústria, por sua vez, não arrefeceu tanto.

O impacto do tarifaço de Donald Trump nos EUA, com suas idas e vindas, não chegou a afetar as previsões sobre a economia brasileira.

Outro fator mencionado por economistas é o aumento das concessões de crédito, também apesar dos juros altos. Um destaque aí são os empréstimos consignados emdash; aqueles que têm como garantia o salário ou benefício previdenciáro do tomador emdash;, que receberam um impulso com o programa para trabalhadores do setor privado, lançado em março pelo governo federal.

Apesar do otimismo, isso não significa que o freio da política monetária não vai aparecer. A desaceleração segue no radar, ainda que menos intensa. O Ministério da Fazenda revisou a projeção de crescimento econômico em 2025 para 2,4%, ante os 2,3% de antes.

Fonte/Veículo: O Globo

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