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O volume de diesel importado no mês de abril pode chegar a 1,6 milhão de metros cúbicos (m³), alta de 33% na comparação com igual mês de 2024 e de 23% ante março. Esse pico na importação começou a irrigar mercados dominados pela Petrobras, que baixou seu preço em 4,6% nesta segunda-feira (5) para fazer frente.

Os dados de importação são preliminares, compilados pela consultoria de preços Argus a partir da base da Vortexa, que acompanha o tráfego de cargas marítimas. Os números oficiais serão divulgados pelo MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) nos próximos dias. Segundo a Argus, a movimentação de diesel para o Brasil em abril chegou à casa dos 1,9 milhão de metros cúbicos, mas foi em parte redirecionada para outros portos quando se percebeu que a demanda nacional não acomodaria esse volume.

O diesel trazido para o Brasil no último mês veio sobretudo da Rússia (70%), com forte desconto ante o produto americano, que responde por quase todo o restante importado e já estava mais barato que o diesel Petrobras.

Mesmo com a redução no preço da Petrobras, diz o especialista da Argus, Amance Boutin, o diesel russo segue R$ 0,20 por litro mais barato que o nacional na média. Isso, na prática, deixa espaço técnico para novas reduções de preço por parte da estatal. Números da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) apontam um sobrepreço remanescente de R$ 0,17 por litro ou 5% para o diesel da Petrobras ante a referência internacional do Golfo do México (EUA).

O diesel importado entra principalmente pelo porto de Paranaguá (PR), mas também por Itaqui (MA), Santos (SP) e Suape (PE). O Brasil importa entre 20% e 30% do diesel que consome.

Gasolina

Sem modificações no preço, também segundo a Abicom, a gasolina da Petrobras segue R$ 0,25 ou 8% por litro mais cara que aquela produzida nos EUA. Mas não teve aumento relevante no volume importado endash; o país importa até 5% do que consome.

Entre os fatores que pesam para essa estabilidade na demanda, diz Boutin, está a concorrência do álcool hidratado nas bombas, que tem preços mais atrativos em função do volume de moagem da cana-de-açúcar, com a safra a pleno vapor, e da redução de impostos federais.

Fonte/Veículo: Agência Infra

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