Governo define novos preços médios para combustíveis a partir de abril
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Executivos do setor de petróleo e gás se reuniram com o presidente Donald Trump na Casa Branca na quarta-feira, para tentar influenciá-lo em questões que vão desde a desregulamentação até as tarifas.
Alguns executivos do setor, que gastaram mais de US$ 75 milhões (R$ 429 milhões, pelo câmbio de ontem) para ajudar a eleger o republicano, estão cada vez mais frustrados com o governo. As tarifas estão encarecendo materiais essenciais, como tubos de aço, além de abalar a confiança dos consumidores.
Os preços do petróleo caíram cerca de 14% desde pouco antes de Trump assumir o cargo, para cerca de US$ 67 o barril. Peter Navarro, assessor sênior da Casa Branca, falou sobre os benefícios do petróleo vendido por apenas US$ 50 o barril. No entanto, com esses preços, as empresas que operam em grandes áreas do setor petrolífero americano perderiam dinheiro perfurando novos poços.
Os preços do petróleo não foram discutidos durante a reunião de quarta-feira, disseram as autoridades do governo Trump. eldquo;Não há nada que pudéssemos dizer naquela sala que mudasse isso nem um pouco e, portanto, não foi realmente um tópico de discussãoerdquo;, disse Doug Burgum, secretário do Interior, aos repórteres.
Em vez disso, de acordo com Burgum, os executivos se concentraram em questões como facilitar a obtenção de licenças para projetos de energia. Eis algumas das prioridades do setor:
LICENCIAMENTO. As empresas de energia estão pressionando Trump e o Congresso a flexibilizar as regras de licenciamento para facilitar a construção de linhas de transmissão, oleodutos e outras infraestruturas.
TARIFAS. As refinarias dos EUA compram petróleo do Canadá e do México, produzem combustíveis como a gasolina e depois exportam esses produtos mais valiosos. Esses laços comerciais foram formados ao longo de décadas e seria difícil e caro desfazê-los.
Trump anunciou tarifas de 25% sobre as importações do Canadá e do México, com uma taxa menor, de 10%, para os produtos energéticos canadenses. Mas, neste mês, ele adiou essas tarifas sobre a maioria das mercadorias, incluindo a energia importada. Esse adiamento está previsto para terminar no início de abril.
A tarifa de 25% sobre o aço importado, que entrou em vigor este mês, também é uma grande preocupação para os executivos. O metal é usado em tudo, de tubulações a poços, e está ficando mais caro por causa da tarifa.
GÁS NATURAL. Mais cedo na quarta-feira, o Departamento de Energia concedeu aprovação condicional a um grande projeto de exportação de gás natural na costa do golfo, conhecido como CP2 LNG. Essa é uma área em que as empresas de petróleo e gás e o governo Trump estão alinhados: ambos querem exportar mais gás natural. O ex-presidente Biden suspendeu o licenciamento em janeiro de 2024 para estudar como os projetos afetariam as mudanças climáticas, entre outras preocupações.
O gás natural é composto principalmente de metano, um potente gás de efeito estufa que pode vazar de poços, tubulações e outras infraestruturas. A queima de gás natural também produz dióxido de carbono, outro gás de efeito estufa, embora muito menos do que a queima de carvão.
O governo Biden acabou descobrindo que um grande aumento nas exportações dos EUA poderia fazer com que as emissões globais de gases de efeito estufa aumentassem modestamente, mas poderiam poluir comunidades próximas aos terminais de exportação. Um estudo divulgado este mês pela Seamp;P Global concluiu que o aumento das exportações dos EUA ajudaria a manter o controle das emissões globais porque o gás substituiria outras fontes de energia mais sujas.
CRÉDITOS FISCAIS. Algumas empresas de petróleo e gás querem preservar os créditos fiscais para a produção de hidrogênio e combustíveis renováveis, bem como a captura e o armazenamento de dióxido de carbono, a principal causa das mudanças climáticas.
Os créditos fiscais de energia limpa não foram discutidos na reunião de quarta-feira, disse Burgum. ebull;
Fonte/Veículo: O Estado de S.Paulo
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