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Uma nova especificação de óleo lubrificante será lançada mundialmente em março, superando a atual SP definida pelo API (sigla em inglês para Instituto Americano do Petróleo). A nova nomenclatura será SQ, seguindo a ordem alfabética.

A última mudança global havia ocorrido em maio de 2020, em meio à pandemia de Covid-19. As evoluções vêm sempre para atender a normas mais pesadas de controle de emissões.

São lubrificantes que ajudam a melhorar a performance dos motores e, por consequência, permitem redução no consumo de combustível. As tecnologias aplicadas acompanham as evoluções da eletrificação, mas as vantagens esbarram no custo mais alto, que é um problema no Brasil.

"Há um desconhecimento muito grande no mercado nacional, estimamos que 70% dos donos de carros não conhecem as especificações básicas para o seu automóvel", diz Danilo Sad, gerente de aditivos da Lubrizol na América Latina.

Tais especificações incluem tanto a categoria API como a viscosidade variável do fluido, expressa em números separados pela letra "W" (de winter, inverno em inglês).

refere-se à viscosidade em temperatura baixa, e o posterior, em temperatura alta. Isso significa que o lubrificante é mais liquefeito em baixa temperatura, para que possa circular rapidamente no momento da partida. À medida que o motor esquenta, vai ficando mais viscoso.

De acordo com os cálculos da Lubrizol, o mercado brasileiro consome 200 milhões de litros de óleo para motor por ano, e mais de 60% desse volume é de compostos nas especificações 15W40 e 20W50, presentes no mercado há mais de 30 anos e incompatíveis com motores modernos.

Dessa forma, a empresa considera que grande parte dos veículos em circulação, principalmente os produzidos nos últimos 20 anos, estão circulando sem a lubrificação correta.

"Os motores têm evoluído demais, com taxas de compressão mais altas, uso de turbo e injeção direta de combustível. Um dos principais pontos dos lubrificantes é colaborar para a durabilidade [do conjunto mecânico]", explica Sad.

O gerente da Lubrizol afirma ainda que os carros híbridos trazem um desafio a mais para a indústria do óleo, já que o motor a combustão liga e desliga sucessivas vezes. Por isso é necessário seguir a recomendação das montadoras, que homologam lubrificantes para seus veículos durante o período de desenvolvimento.

Para Marcelo Martini, gerente de vendas da Fuchs, fabricante independente de lubrificantes, a busca por eficiência energética e redução de emissões de carbono está direcionando o desenvolvimento de produtos mais avançados.

"Enquanto viscosidades como 0W20 e 0W40 começam a se consolidar no Brasil, mercados internacionais como Europa e Japão já operam com opções ainda mais avançadas, como 0W16 e 0W08", diz o especialista.

Fonte/Veículo: Folha de S.Paulo

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