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O etanol entrou na mira das medidas protecionistas que vêm sendo implementadas pelos Estados Unidos. Em recente memorando, o presidente Donald Trump, determina que EUA adotem tarifas de importação equivalentes às cobradas por outros países, e cita o etanol brasileiro como exemplo de desequilíbrio comercial, apontando que a taxação de 18% aplicada pelo Brasil, prejudica os produtores norte-americanos.

A medida é vista com preocupação pelo setor bioenergético brasileiro que em 2024 exportou 313.341 metros cúbicos de etanol para os Estados Unidos, totalizando US$ 181,8 milhões em vendas.

Etanol brasileiro é ambientalmente mais avançado

Em entrevista ao JornalCana, Jacyr Costa Filho, Presidente do Conselho Superior do Agronegócio da Fiesp/Cosag, disse que a medida desagrada o setor e contraria as iniciativas de descarbonização.

eldquo;O etanol do Brasil é reconhecido na Califórnia como um produto ambientalmente mais avançado que o etanol produzido nos Estados Unidos. Sendo assim, limitar sua importação é uma atitude que vai contra as iniciativas de descarbonização implantadas por aquele estado. No final do dia, o consumidor é quem será prejudicadoerdquo;, afirma Jacyr.

Taxação do açúcar brasileiro chega a 100%

Segundo ele, a tarifa aplicada pelo governo brasileiro, visa justamente ressaltar o diferencial ambiental positivo do etanol nacional.

eldquo;Porém, é possível negociar uma redução dessa tarifa, desde que haja uma contrapartida para o açúcar brasileiro, que, quando ultrapassa a irrisória cota de importação, é penalizado com tarifas de até 100%erdquo;, aponta.

Jacyr espera que os estados norte-americanos comprometidos com a descarbonização dos transportes optem por importar etanol brasileiro diretamente.

eldquo;Dessa forma, poderemos ver a continuidade de projetos de cooperação para a oferta de SAF, por exemplo, iniciativa tão importante para diminuir emissões na aviação. Recentemente, houve a importação de etanol brasileiro para a produção do combustível sustentável de aviação na LanzaNet, a primeira fábrica de SAF nos Estados Unidoserdquo;, explica Jacyr.

UAPNE25 traz visão de executivos do setor

Com vasta experiência no agronegócio, Jacyr Costa Filho será um dos moderadores do Congresso UAPNE25 endash; Usinas de Alta Performance, no painel eldquo;CEO Meeting endash; A Visão de Empresários e Executivos do Setorerdquo;.

Durante o evento, ele compartilhará análises e perspectivas, sobre os desafios e oportunidades do setor sucroenergético. O Congresso UAPNE25 se consolida como uma plataforma estratégica para discutir inovações tecnológicas, estratégias de sustentabilidade e o impacto das medidas protecionistas no cenário global.

Fonte/Veículo: JornalCana

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